Em Estreito

Obra da ponte sobre o Rio Tocantins fica mais de 24h paralisada devido a protesto de trabalhadores

A categoria realizou um protesto para chamar atenção sobre falta de pagamento de horas extras e benefícios.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 07/08/2025 às 09h52

ESTREITO – Os trabalhadores que atuam na obra de reconstrução da ponte sobre o Rio Tocantins, entre os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), na BR-226/TO, fizeram uma paralisação que durou mais de 24 horas. A categoria alega que não recebeu o pagamento das horas extras e benefícios.

Os trabalhadores alegam que as horas extras estão sendo contabilizadas irregularmente e não estão recebendo valores referentes a benefícios como seguro de vida, adicionais de periculosidade, insalubridade e outros.

Após o protesto, a categoria negociou com a empresa responsável pela obra que se comprometeu em corrigir e pagar os devidos valores até a próxima segunda-feira (11). A obra foi retomada, mas os trabalhadores ameaçam voltar a cruzar os braços caso a situação não seja solucionada. 

Protesto de trabalhadores da reconstrução da ponte sobre o Rio Tocantins. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que entrou em contato com o consórcio responsável pela obra e que os casos deverão ser analisados, “com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários”. Leia:

"O DNIT informa que as obras do contrato nº 00.00958/2024, executadas pelo Consórcio Ponte de Estreito, estão sendo devidamente acompanhadas pela autarquia, tanto em seus aspectos técnicos quanto administrativos.

Com relação à paralisação ocorrida, o DNIT esclarece que está em contato com o consórcio responsável, o qual informou que a contabilização de horas extras dos trabalhadores será tratada caso a caso, com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários.

O DNIT reforça que continuará fiscalizando o cumprimento integral do contrato, com atenção especial ao cronograma físico-financeiro e às obrigações trabalhistas do contratado, a fim de assegurar a regularidade e a continuidade dos serviços".

Nova ponte

Ainda segundo a autarquia, a nova “Obra de Arte Especial” terá um investimento de R$ 171,9 milhões do Governo Federal e será maior que a anterior. Quando concluída, a Ponte de Estreito terá 630 metros de extensão, dezenove metros de largura e um vão livre de 154 metros. A nova travessia contará com duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos com três metros cada, barreiras de proteção do tipo New Jersey, dois passeios para pedestres e guarda-corpo em cada extremidade do tabuleiro.

Laudo sobre colapso da ponte

A Polícia Federal concluiu a perícia sobre o colapso da ponte Juscelino Kubitschek, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), que resultou em 14 mortes e deixou três desaparecidos.

No dia 22 de dezembro de 2024, dezenas de veículos cruzavam a ponte quando ela cedeu. Dezoito pessoas caíram no rio Tocantins. Apenas uma sobreviveu.

O Fantástico, da TV Globo, teve acesso exclusivo ao laudo final, que revela em detalhes como e por que a estrutura desabou.

A perícia da Polícia Federal durou mais de sete meses. Os peritos usaram drones, scanners a laser e modelagem 3D para reconstruir a cena do colapso. O laudo aponta que a queda foi provocada pela deformação do vão central, causada pelo excesso de peso dos veículos.

O processo de colapso durou entre 15 segundos. O vão central caiu em menos de um segundo.

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