CODÓ - Ele ainda é o que salva a necessidade de um contato entre aqueles que não usam a telefonia móvel, mas encontrar um orelhão funcionando na cidade não é tarefa fácil.
Em Timbiras encontramos cenas que provam apenas queno local já existiu um orelhão, resultado do vandalismo. Mas também encontramos orelhões intactos, com outro tipo de problema.
Defeitos técnicos são muito frequentes. Há cinco meses o aposentado José Pinheiro Machado não consegue falar com seus familiares por meio do telefone que fica ao lado da casa dele. Nunca vieram consertá-lo.
“Quando precisa a gente vem só dá viagem aqui, viu metendo o dedo aqui, mas não dá nada...há cinco meses”, reclamou.
Assistência técnica
Na opinião dos moradores falta uma Assistência técnica permanente. Assim pensa o mototaxista, Abdias Farias de Oliveira.
“Faz tempo que acontece isso. Eles vêm aqui, dão uma consertadinha e depois dá as costas e você sabe tem muita gente ruim também, muitas pessoas não tem a mínima consideração né”,respondeu.
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Não há um posto onde se possa fazer tais reclamações e as aparições esporádicas dos responsáveis pela manutenção não deixam nem rastro de contato.
“A gente precisa disso aí, é público, mas é nosso”, reforçou o comerciante Luís Ribeiro.
Vencendo
Diante de todas essas dificuldades, saímos de orelhão em orelhão no centro de Timbiras ao lado de Auricilene da Conceição, uma grávida da zona rural que precisava apenas falar com governo federal para saber da liberação de um benefício assistencial dela.
Após uns 20 minutos procurando, finalmente conseguimos. Quando terminou a ligação, ela era só alegria.
“Quando a gente termina os pés estão igual rebolo só de inchado, só de andar”, disse.
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