Empreendedores

Jovens dão exemplos de superação e continuam criando emprego

Quem investe um pouco mais precisa estar disposto a encarar dificuldades.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h58

CODÓ - O negócio é aparentemente simples – manter funcionando uma pequena banca de frutas e verduras. A favor de dona Marilene dos Santos, procurada por nossa reportagem, está a completa ausência de tributos a pagar. Contra está o dinheiro conseguido com a venda diária, em torno de R$ 30. Para manter-se no mercado ela aprendeu algo essencial.

"Não gastar o dinheiro todo, gastar um pouquinho do que você fizer hoje, gasta um pouquinho e guarda o outro...se não guardar no outro dia não tem pra gente comprar alguma coisa que precisa reabastecer", nos explicou a feirante com experiência de 7 meses.

No empreendedorismo é assim, os riscos e os lucros são do tamanho do empreendimento e quem se lança sobre um negócio um pouquinho maior precisa estar disposto a encarar as dificuldades para não fechar as portas antes de completar o primeiro ano, como acontece em muitos casos.

Crédito burocrático

A metalúrgica de seu Antonio Brito, no mercado central, precisou de dinheiro para se firmar, ele foi parar na burocracia que afirma existir na liberação de crédito bancário para os iniciantes. Faltou capital de giro, mas ele não desistiu, apesar de encarar até hoje as conseqüências – a empresa cresce lentamente.

- Graças á Deus a gente está conseguindo, ta levando não com muito êxito, mas a gente está sobrevivendo no mercado.

- Criando quantos empregos?

- Seis, sete empregos para o pessoal de Codó - respondeu com ar de satisfação.

Planejamento

Para fugir da dificuldade de conseguir empréstimo, o jovem Raimundo José Moreira, o Pinto como o chama a clientela, economizou durante 5 anos o salário que ganhava como vendedor de loja.

Depois foi decidir que negócio abriria sem muita concorrência – descobriu que consertar panelas de pressão e fogão, além de vender as peças, poderia dar certo, e deu – há quatro anos ele lidera a preferência do serviço em Codó e só fala em crescer.

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"O que eu quero para o futuro é ter, daqui a algum tempo, um estabelecimento que possa atender bem o cliente, que possa fazer um bom trabalho atendendo todo mundo como eles precisam do trabalho da gente", garantiu o microempreendedor.

Luta gera crescimento

No caso de Nonato Sampaio a concorrência pesou porque o ramo dele é de móveis e eletrodomésticos. Além disso, teve que encarar a carga tributária brasileira, uma das mais pesadas do mundo.

Vindo de uma família tradicionalmente empresarial, portanto com a arte do comércio na veia como bem frisou, buscou alternativas - diminuiu os gastos, se planejou e o resultado começa a aparecer. Abrirá a terceira loja ainda este ano, e ele ainda nem completou 5 anos como empreendedor. Resumiu sua garra orientando à todos para que não se acomodem diante dos obstáculos

- Não pode é se acomodar?

- De jeito nenhum. Qualquer atividade comercial se você cair no comodismo, acho que é o começo do fracasso - orientou Nonato Sampaio.

Criando emprego

O nível de emprego em Codó deve muito à novos e corajosos empreendedores como Nonato porque são eles que mais abrem novas vagas de trabalho na cidade. Dos 15 empregos formais que as lojas dele já proporcionam, um pertence à Denílson Soares há dois anos.

- Você acha que as pessoas devem abrir novos negócios para dar novas oportunidades de emprego?

- Com certeza, é a partir de novas oportunidades que nosso país pode se desenvolver mais ainda”, concluiu o vendedor.

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