CODÓ - O negócio é aparentemente simples – manter funcionando uma pequena banca de frutas e verduras. A favor de dona Marilene dos Santos, procurada por nossa reportagem, está a completa ausência de tributos a pagar. Contra está o dinheiro conseguido com a venda diária, em torno de R$ 30. Para manter-se no mercado ela aprendeu algo essencial.
"Não gastar o dinheiro todo, gastar um pouquinho do que você fizer hoje, gasta um pouquinho e guarda o outro...se não guardar no outro dia não tem pra gente comprar alguma coisa que precisa reabastecer", nos explicou a feirante com experiência de 7 meses.
No empreendedorismo é assim, os riscos e os lucros são do tamanho do empreendimento e quem se lança sobre um negócio um pouquinho maior precisa estar disposto a encarar as dificuldades para não fechar as portas antes de completar o primeiro ano, como acontece em muitos casos.
Crédito burocrático
A metalúrgica de seu Antonio Brito, no mercado central, precisou de dinheiro para se firmar, ele foi parar na burocracia que afirma existir na liberação de crédito bancário para os iniciantes. Faltou capital de giro, mas ele não desistiu, apesar de encarar até hoje as conseqüências – a empresa cresce lentamente.
- Graças á Deus a gente está conseguindo, ta levando não com muito êxito, mas a gente está sobrevivendo no mercado.
- Criando quantos empregos?
- Seis, sete empregos para o pessoal de Codó - respondeu com ar de satisfação.
Planejamento
Para fugir da dificuldade de conseguir empréstimo, o jovem Raimundo José Moreira, o Pinto como o chama a clientela, economizou durante 5 anos o salário que ganhava como vendedor de loja.
Depois foi decidir que negócio abriria sem muita concorrência – descobriu que consertar panelas de pressão e fogão, além de vender as peças, poderia dar certo, e deu – há quatro anos ele lidera a preferência do serviço em Codó e só fala em crescer.
Continua após a publicidade..
"O que eu quero para o futuro é ter, daqui a algum tempo, um estabelecimento que possa atender bem o cliente, que possa fazer um bom trabalho atendendo todo mundo como eles precisam do trabalho da gente", garantiu o microempreendedor.
Luta gera crescimento
No caso de Nonato Sampaio a concorrência pesou porque o ramo dele é de móveis e eletrodomésticos. Além disso, teve que encarar a carga tributária brasileira, uma das mais pesadas do mundo.
Vindo de uma família tradicionalmente empresarial, portanto com a arte do comércio na veia como bem frisou, buscou alternativas - diminuiu os gastos, se planejou e o resultado começa a aparecer. Abrirá a terceira loja ainda este ano, e ele ainda nem completou 5 anos como empreendedor. Resumiu sua garra orientando à todos para que não se acomodem diante dos obstáculos
- Não pode é se acomodar?
- De jeito nenhum. Qualquer atividade comercial se você cair no comodismo, acho que é o começo do fracasso - orientou Nonato Sampaio.
Criando emprego
O nível de emprego em Codó deve muito à novos e corajosos empreendedores como Nonato porque são eles que mais abrem novas vagas de trabalho na cidade. Dos 15 empregos formais que as lojas dele já proporcionam, um pertence à Denílson Soares há dois anos.
- Você acha que as pessoas devem abrir novos negócios para dar novas oportunidades de emprego?
- Com certeza, é a partir de novas oportunidades que nosso país pode se desenvolver mais ainda”, concluiu o vendedor.
Saiba Mais
- Inova Cerrado: inscrições prorrogadas até 15 de setembro
- Casa das Pretas: representatividade, formação e empreendedorismo entrelaçados
- Casa de Elena: independência financeira através da produção de alimentos naturais
- Mãe atípica e com TDAH, empreendedora maranhense cria negócio para promover acessibilidade atitudinal em empresas
- Empreendedora maranhense impulsiona mulheres na confeitaria
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias