CODÓ - Os frutos aparecem no final de dezembro e os agricultores do leste maranhense viram vendedores, às margens da BR-316, pensando numa melhoria que tem mês certo pra começar e terminar.
Os lavradores garantem que a melhoria é financeira. Nessa região se vive da roça ou da quebra do coco babaçu. Na primeira opção, a colheita demora. Na segunda, o resultado de um dia inteiro de trabalho desanima muita gente.
Ivonilde da Cruz Costa, quebradeira de coco, faz a comparação para que nós possamos entender melhor:
- É R$ 0,80 o quilo do coco.
- E aqui o balde do pequi?
- É R$ 5,00.
- A diferença é grande?
- É.
Por isso, ela espera a época ansiosa. Até a alimentação das três crianças que possui melhora. “Eu compro leite, bolacha para os meninos...As coisas melhoram porque é melhor de vender e coco é ruim demais”, garantiu.
Negócio da família
Ao longo da estrada vamos encontrando famílias empenhadas na venda. No povoado Pau-cheiroso, Antonio Alves, e seus irmãos, quando não estão na escola, vendem pequi. “Somos quatro. Fica um olhando e quando um cansa o outro vem olhar”, explicou.
Em Alegre, zona rural de Codó, a maioria dos lavradores se envolve na colheita abundante até o mês de março.
- Um colhe e vende para o outro, pelo menos eu compro, eu caço.
- Todo mundo acaba ganhando?
- Acaba ganhando, a gente fica satisfeito - disse o agricultor José Carlos Mota Vieira.
Consumidores
Todo o comércio é alimentado por consumidores de diversos Estados. O vereador, José Antonio Dantas, por exemplo, é da Paraíba. Conta que passava, certa vez, viu o pequi e resolveu levar. Aprendeu algumas receitas e nunca mais deixou de comprar quando vem ao Maranhão.
“Coloca a água pra ferver, coloca ele dentro, um pouco de sal, aí você come com galinha caipira, com arroz...fiz lá, gostei, foi aprovado”, explicou.
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