Codó

Professores fazem manifestação por aumento de piso salarial

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h04

CODÓ - Os professores que desceram a avenida Augusto Teixeira, na sexta-feira (4), indo até o prédio da prefeitura, são da rede pública municipal e querem, entre outras coisas, uma nova forma de contratação dos diretores de escolas. Sustentam que os atuais são indicados politicamente e, em alguns casos, não possuem sequer o ensino médio completo.

- Porque nós somos formados e precisamos de mais pessoas para que o nosso conhecimento não fique parado sem ter o proveito de ter estudado vários anos pra ser engavetado - reclamou a professora Maria Oneide Nascimento

Medo

Também cobraram a apresentação, para discussão, do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) criado pelo governo. O sindicato teme que o executivo envie, de forma repentina à Câmara, o Projeto de Lei sem que, ao menos, os educadores saibam o que será apreciado e aprovado.

Na iminência de aprovação do PCCS, estão querendo aprovar um piso de R$950. De acordo com o presidente do sindicato, professor Antonio Celso Moreira, o governo e eles fecharam em R$850, mas logo o Executivo recuou oferecendo apenas o que é pago atualmente, que é R$774. Os professores não concordam e afirmam que há dinheiro suficiente.

- Ele (governo) insiste em querer empurrar de goela abaixo um valor muito inferior ao que nós colocávamos, que é um valor de R$774, uma vez que esse valor está sendo pago no ano de 2009 e, se a categoria aceitar esse valor pra início, nós seremos prejudicados porque o salário mínimo já está aumentando - disse o presidente que complementou.

- Fechamos em R$850 e, a partir da noite, o governo já discordava que o valor está muito alto. No entanto, o sindicato provou, através dos recursos que chegam, que no ano de 2010, esse recurso será superior ao recurso atual - disse Antonio Celso

Fala do secretário

O secretário de Educação, professor Jacinto Junior, garantiu que o plano não irá para a Câmara sem ser apresentado à categoria para discussão.

- até porque isso ocasionaria perdas para o município. Se é uma exigência legal e legalmente assim o faremos. Nós não faremos nenhuma traição à categoria. Existe sim um campo aberto para que nós possamos discutir de forma muito franca com a categoria - explicou

Quanto à contratação dos diretores, afirmou que o governo encontrará uma nova forma a contento do que pedem os educadores.

- Essa luta é uma luta histórica. Não é novidade. Não é a descoberta da pólvora e eu tenho certeza que, no momento apropriado, o prefeito Zito, que é um homem sensato, fará uma avaliação dentro dos parâmetros legais e certamente nós encontraremos o mecanismo para implantar esta nova gestão democrática que é uma imposição legal dentro da LDB – explicou.

Piso salarial

- Eu acredito, piamente, que nós iremos entrar num consenso juntamente com a categoria, este é, particularmente, o meu desejo e o do governo. Nós entraremos num acordo, sem sombras de dúvida - concluiu o secretário de Educação

Disparidade

O presidente do SINDSSERM, Antonio Celso Moreira, também fez duras críticas ao orçamento previsto no PPA 2010 à 2013 (ainda a ser votado), citando a disparidade entre o que poderá ser aplicado. Como exemplo, mostrou que está previsto orçamento de apenas R$ 10 mil para formação continuada de professores do ensino infantil, enquanto que o treinamento de assessores do mais alto escalão educacional teria previsão orçamentária de R$ 90 mil.

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