Codó

120 famílias tiveram que abandonar casas

Por ordem judicial, PM retirou as pessoas que moravam em Buriti-Corrente.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h04

CODÓ - Foi cumprida na manhã desta quinta-feira (26) uma ação de reintegração de posse no povoado Buriti-Corrente, na cidade de Codó. Por volta das 6h30, aproximadamente 60 policiais militares, sob o comando do tenente-coronel Belém, desceram de dois ônibus para garantir a desocupação e destruição das casas como determinou a Justiça.

Sem terra

Cento e vinte famílias, segundo o vice-presidente da Associação dos Pequenos Produtores de Buriti, Francisco de Abreu Borges, com a desocupação da terra, ficaram sem alternativa de morada.

- Algumas famílias vão recorrer à casa de familiares e os demais, que ainda não têm local certo, vivem a expectativa de ver o que se pode fazer. Teve até um pessoal que pegou as coisas do povo e jogou debaixo do posto (de combustível) que eu acho isso um desrespeito com as pessoas. Acho que não seria conveniente jogar os pertences de pais de família no meio da rua como se tivesse jogando um cachorro - reclamou

Os agricultores pretendem recorrer da decisão da Justiça na tentativa de retornar à terra cultivada por eles.

- Nós vamos recorrer sim pra conseguir algum retorno. É um direito nosso porque tudo que a gente tem, vamos dizer assim, está aqui – afirmou.

A polícia não precisou usar de violência. Os agricultores pediram para retirar os pertences e partes da casa como portas e janelas, no que foram atendidos. A reintegração aconteceu de forma ordeira.

Briga na Justiça

O vice-presidente informou que a disputa pela posse acontecia, com a empresa proprietária que cultivava cana-de-açúcar na área, há 9 anos. Neste tempo, foram formando a população do lugarejo ex-funcionários e agricultores vindos de outras regiões do município.

- A maioria era funcionário da empresa, que mora aqui e os demais são pessoas que ao longo desses 9 anos têm vindo procurar um meio para sobreviver. Como aqui em Buriti-Corrente é uma área que tem bastante água, devido a isso as pessoas procuram para tirar seus sustento - explicou Francisco.

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