Codó

Fé leva 10 mil devotos à procissão de São Francisco

O domingo foi de fé e devoção ao santo em Codó.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

CODÓ - Domingo de fé e devoção à São Francisco de Assis em Codó. Antes de sair em procissão os fiéis deixam símbolos que representam partes do corpo (coração, pernas, braços) na capela do santo. A vendedora Raimunda Nonata Vieira dos Anjos deixou no local uma cabeça, muito bem esculpida e pintada em madeira. Ela sofreu com um coágulo na cabeça, apegou-se ao santo e conta feliz que nem precisou passar por uma cirurgia.

“Seu eu ficasse boa e não fosse preciso operar eu traria a cabeça para São Francisco e eu vim cumprir a promessa”, explicou.

Quando a imagem do santo patrono dos animais e protetor do meio ambiente sai, leva para as ruas do bairro São Francisco outras formas de pagar as promessas à ele feitas. Pés descalços são comuns na caminhada de mais de 5 quilômetros. A dona de casa Maria Zelma Austríaco não reclama e reafirma seu compromisso.

“Em todas as procissões eu faço, enquanto tiver forças e São Francisco der permissão eu to vindo assim descalça”, confirmou.

Da procissão para a vida pessoal de cada devoto. Há quem homenageie o santo distribuindo seu nome por toda a família. É assim com a lavradora Francisca Miranda dos Santos. Ela já nem consegue mais contar quantos parentes possui com o nome. Ela é Francisca, já tem uma filha com o mesmo nome e se o bebê, que nasce em abril do ano que vem, for menina a família terá mais uma Francisca.

- Esse bebê que vai nascer na minha barriga, em abril, se for mulher eu boto Francisca também.

- Quantos franciscos na família?

- Tem muitos, muitos franciscos - disse, sorrindo, a lavradora.

A Polícia Militar estima que cerca de 10 mil pessoas tenham participado da procissão ontem à tarde. E ninguém duvida que ela continuará crescendo pois, definitivamente, tornou-se uma tradição que se renova a cada geração. O pequeno Kaiure, carregado sobre os ombros do pai, dificilmente deixará de repetir a fé do autônomo Iure Sousa que também começou cedo na devoção à São Francisco.

- Eu acho que desde os 5 anos, hoje eu to com 35 e dificilmente perdi uma procissão, mesmo doente eu dou um jeito de vir.

- E não pretende perder nenhuma?

- Nunca na minha vida - assegurou Iure Sousa.

Ao final da procissão todos participaram da missa campal celebrada pelos padres Francinelton e Carlos em frente à igreja.

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