CODÓ - Os fraudadores atuavam em seis cidades da região, mas metade dos golpes foi aplicada em Coroatá onde a Polícia Federal continua ouvindo aqueles que cederam documentos pessoais para se beneficiar do salário-maternidade concedido de maneira ilegal.
Segundo a Polícia Federal, cinco agenciadores, ou intermediários como são chamados, encontravam as pessoas com coragem de participar da fraude. De posse dos documentos pessoais delas, um funcionário da Agência da Previdência Social do município de Pedreiras, cujo nome está sendo preservado, habilitava o salário-maternidade em nome dessas pessoas. Os fraudadores ficavam com até 80% do dinheiro sacado.
O delegado Sandro Fonseca, chefe da Delegacia Previdenciária do Maranhão, explica que o salário-maternidade só pode ser concedido à segurados especiais – gente que não contribui para com a previdência diretamente, como os lavradores, por exemplo. Mas não é o que vinha acontecendo.
“Essas pessoas, muitas vezes, não eram segurados especiais porque não eram lavradores e, muitas vezes, sequer tinham filhos e não tinham, claro, o direito de receber o salário-maternidade”, garantiu
Inquérito
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Apesar de haver indícios suficientes para um pedido de prisão temporária contra todos os indiciados, a polícia preferiu não prender ninguém nesta fase, o que, segundo Sandro Fonseca, pode ocorrer após o indiciamento, de forma preventiva, caso alguém pratique atos como tentar intimidar testemunhas. O delegado quer certificar-se de que ninguém vai escapar de suas responsabilidades quando o inquérito for concluído.
“o inquérito estar para ser concluído, esperamos que seja última fase para que ele seja encaminhado á Justiça que dará oportunidade ao Ministério Público de denunciar ou não as pessoas”, disse
Nomes e até imagens para a TV dos que estão sendo ouvidos foram evitadas pela polícia. A quadrilha vinha atuando em Coroatá, Pedreiras, Alto Alegre do Maranhão, Bacabal, Presidente Dutra e Lima Campos. Sandro Fonseca não revelou quanto já foi desviado, mas informe da própria PF fala em R$ 34.000,00. No geral, 30 beneficiários foram indiciados, 5 intermediários e o 1 funcionário da APS de Pedreiras.
Todas estas cidades serão visitadas pela chamada Operação Heket que ouvirá todos os envolvidos, como está acontecendo em Coroatá e Pedreiras simultaneamente.
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