GLBT

Parada da diversidade leva multidão às ruas de Codó

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h13

CODÓ - Ainda é o assunto mais comentado de Codó a primeira Parada da Diversidade Sexual, realizada no último domingo, 19. Logo no início da tarde, centenas de curiosos já se misturavam à gays, lésbicas, bissexuais e transexuais que chegavam de diversas cidades do Piauí, Maranhão, Pernambuco e até do Recife.

Cinco minitrios elétricos foram caracterizados com as cores do movimento e logo começaram a tocar muita dance music, no que chamam de vertente tribal. Ainda na Av. 1º de maio houve apresentação do tambor de crioula codoense e os primeiros discursos da comissão organizadora e convidados, depois os trios começaram o percurso.

Já na antiga rodoviária percebia-se que seria uma noite especial para o movimento GLBT. Multidão que lembrava o carnaval subiu a Av. Augusto Teixeira. Muitos dançando, outros acompanhando bem de perto atrações particulares pra lá de exóticas, de fantasias extravagantes cheias de cores e alegria.

“Nota 10, dez, dez. Sabe por que? Porque hoje é muito mais fácil quebrar um átomo do que quebrar o preconceito e hoje Codó ta mostrando que pode quebrar o preconceito, as famílias inteiras estão na rua, sabe por que? Porque preconceito, gente, é opinião sem conhecimento. A partir do momento que as pessoas conhecem a nossa causa, elas nos apóiam. Queremos apenas igualdade, homofobia é crime, obrigado pela aceitação de vocês”, ressaltou a transformista Blita Bloc, de Teresina.

Corredor lotado

Quem teve fôlego e pique suficientes para chegar ao corredor da folia pôde presenciar a lotação total do espaço que, certamente, comporta mais de 15 mil pessoas. Show de transformistas, banda C5 de Caxias com o melhor do pop rock nacional e discursos de agradecimentos, entre os quais o da madrinha da parada, Telma Beliche, ex-vereadora da cidade.

“Todos nós devemos respeitar um ao outro. Para mim é uma honra está aqui representando uma classe que luta pelos seus direitos e é isso que eu digo – eu sou uma defensora do movimento”, afirmou a madrinha.

Apoio empresarial

Além da notável aceitação do público, o meio empresarial também apoiou a primeira parada da diversidade sexual. O jovem industrial, Francisco Nagib, foi, segundo a própria comissão organizadora, quem mais investiu no evento.

“Acho que todos devem ser respeitados, por isso apoiamos o movimento. Podem contar com a gente quando precisarem”, afirmou Nagib.

A noite foi encerrada no Malagueta ao som de muita dance music. Por diversas vezes os organizadores frisaram que não era festa, era conscientização e que a principal finalidade era conseguir respeito como cidadãos comuns que são, que pagam seus impostos. Homofobia é crime, ressaltaram todos que usaram o microfone em nome do movimento.

“Codó abraçou esta causa, acho que a cidade foi muito mais além daquilo que nós imaginávamos. Codó é uma cidade que está crescendo na questão do preconceito zero contra a homofobia e a gente fica muito feliz. Ultrapassou todas as expectativas, pra você ver aqui tem pra mais de 15 mil pessoas”, disse Totonho Araújo, principal organizador codoense.

O próximo encontro do movimento GLBT, no interior do Maranhão, será em Bacabal, dia 8 de novembro, ocasião em que será realizada a quarta Parada da Diversidade Sexual bacabalense.

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