Codó

Passarela dificulta vida de produtores rurais

A passarela foi construída após a ponte sobre o Codozinho ter sido destruída pelas fortes chuvas em maio.

Acélio Trindade/imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h15

CODÓ - A ponte sobre o Codozinho foi destruída pela correnteza, quando o rio ficou acima da estrutura de madeira no início do mês de maio deste ano. Para não deixar centenas de agricultores com mais dificuldades de chegar a cidade, a Secretaria de Infraestrutura construiu uma passarela (foto).

A lavradora Francisca Santana gostou porque voltou a trafegar pela estrada de sempre, mas passar de moto nem pensar.“Tenho coragem não, porque eu tenho medo de cair lá embaixo e, se eu cair, talvez eu não escape com a vida e a vida ao meu lado é muito doce”, disse.

O mototaxista Raimundo Nonato da Silva Reis perdeu vários usuários do serviço que se dirigiam àquela região do município. Até ele prefere passar empurrando o veículo, pedindo urgência na reconstrução.“Dá pra quebrar o galho, mas melhor seria fazer ela toda mesmo. Aí vai depender dos homens, se fosse feita mais ligeira era melhor”, afirmou Raimundo.

A passarela permitiu o retorno do tráfego para muita gente, mas os carros, por exemplo, continuam impedidos de passar pelo local. Isso causa transtornos, principalmente, para o transporte de passageiros e o de cargas.

Carga na cabeça

Já começou a colheita do arroz e o agricultor Manoel Messias Lima usa uma bicicleta e o lombo de um jumento para trazer a carga até onde pode. Serão até o final, 50 sacos de 40 quilos cada. Por causa da falta da ponte, o trabalho vai ter que ser feito como antigamente: utilizando a força.“É o jeito, a situação é esta mesmo. Rapaz, vou ter que botar na cabeça aí e botar no caminhão do outro lado. São uns 50 sacos, tudo na cabeça”, disse o agricultor

Palavra do governo

O secretário de Infraestrutura, Urbanismo e Habitação, José Inácio Guimarães Rodrigues, afirmou que um projeto está sendo elaborado para angariar recursos que serão usados na reconstrução da ponte, já que o município não dispõe de verba suficiente. José Inácio não estipulou tempo para o início da obra “Esse projeto vai ser encaminhado pra que nós possamos angariar recursos junto ao governo estadual para podermos fazer a ponte como ela era, uma ponte com segurança, com toda a estrutura firme pra poder agüentar os carros que por ali vão transitar”, garantiu

O secretário disse que, como toda a estrutura foi abalada, a reconstrução será bem mais cara, algo em torno de R$ 700 mil.

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