CODÓ - A polícia civil de Codó, com seu reduzido quadro, está praticamente parada. Para registrar queixa é preciso que o cidadão apresente um caso de maior gravidade. “Só os casos mais relevantes, homicídio, estupro, assalto, mas outros casos nenhum está sendo registrado. Fora os casos mais graves nada é registrado” afirmou a digitadora Auricélia Dutra.
O lavrador Firmino Austríaco chegou à delegacia animado achando que poderia registrar a ocorrência de um acidente de trânsito que sofreu, para poder dar entrada num pedido de indenização, recebeu apenas a informação “ESTAMOS DE GREVE”. “Ontem eu vim e não trouxe testemunha, hoje eu trouxe e disseram que ta em greve, não estão atendendo hoje. Vou esperar, é o jeito. Já ta a papelagem tudo feito, falta registrar a ocorrência pra levar”, explicou decepcionado Austríaco.
Preso liberado
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Registramos um fato atípico entre polícia e suspeitos de cometimento de crimes. Ricardo Mota dos Santos, de 25 anos, chegou à delegacia trazido por três policiais militares sob a suspeita de estar assaltando pessoas no conjunto Dallas, ameaçando-as com um facão. Os soldados, informados na recepção da greve, foram obrigados a fazer o Boletim de Ocorrência, tirar as algemas que prendiam Ricardo (que já tem várias passagens na delegacia) e soltá-lo novamente.
Na saída Ricardo até elogiou a greve. “Tem que me soltar mesmo porque eu não fiz nada. Da greve eu gostei porque eu não fiz nada mesmo. Eu achei bacana esta greve e os caras me soltarem”, disse o suspeito.
Ninguém sabe quando os transtornos, que só começaram, irão terminar, dado a dificuldade nas negociações com o Governo do Estado que não cumpriu com o Plano de Cargo, Carreiras e Salários de policiais civis e agentes penitenciários do Maranhão. Ainda esta semana os delegados também deverão aderir ao movimento grevista.
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