CODÓ - Encontrar um telefone público funcionando em Codó não é fácil. Na maioria dos bairros, é preciso andar bastante. O usuário Domingos da Cruz procurou por várias ruas do Centro e não encontrou um aparelho. “A gente tenta digitar os números, mas não dá certo. Às vezes tem número que nem aparece na ligação ou então a gente não consegue digitar”, exemplificou o vigilante.
Para a estudante Sandra da Silva Lima, o problema é bem mais grave. Diversos telefones não permitem a retirada do cartão telefônico. Um prejuízo para o consumidor.
“Tem cartão telefônico que chega a custar até R$ 7,00 e às vezes não se consegue usar nem uma vez. Você coloca no aparelho, não faz a ligação e quando tenta retirar o cartão não sai. É um absurdo”, reclamou a estudante.
Os usuários dos telefones públicos disseram que costumam solicitar o conserto, mas a recuperação demora três dias. “É bastante tempo. No final, quem sai prejudicado é a gente que precisa do orelhão”, disse o pedreiro José Francisco Xavier.
Manutenção
Ninguém da empresa que presta serviço fazendo a manutenção e o conserto dos aparelhos quis conceder entrevista. Alegaram não ter autorização para isso, mas informaram que apenas quatro pessoas desempenham esta função de recuperar telefones em Codó, um número relativamente pequeno se comparado ao fato de que um deles chega a consertar até 15 aparelhos num único dia.
Segundo ainda os funcionários da empresa, o grande problema de Codó é a falta de cuidados da população. Os “orelhões” são quebrados diariamente. De cada grupo de 10 aparelhos danificados, mais da metade perde sua utilidade por causa da ação dos vândalos.
A Assessoria de Comunicação da empresa que mantém o serviço de telefonia pública em Codó, cuja sede fica em Fortaleza, informou que enviará técnicos ao município para checar o funcionamento dos telefones públicos e para realizar os reparos, caso haja necessidade.
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