CODÓ - O delegado, Rômulo Vasconcelos, está comandando uma investigação que tenta desbaratar uma quadrilha que vende ilegalmente motos adquiridas em leilão no município de Ribeirão Preto, São Paulo.
De acordo com o delegado, de ilegal nada tem o fato do leiloeiro adquirir as motocicletas que, como revela o próprio documento oficial do leilão apreendido pela polícia, seriam destinadas a sucata. O problema começa quando o adquirente começa a revender estas motos, cujo documento expressamente descreve “veículo sem direito a registro ou licenciamento”. “Essa moto não pode ser vendida, comercializada, porque ela tem o chassi pinado (adulterado) ou seja, esta moto é comprada, legalmente, pra desmanche, para vender as peças e eles estão utilizando essas motos aqui em Codó e não podem rodar”, explicou Rômulo Vasconcelos.
Os clientes mais assíduos do leiloeiro de Ribeirão, cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo para não atrapalhar as investigações, são os cortadores de cana maranhenses, principalmente de Codó e Timbiras, atraídos pelo baixo preço. A moto para sucata é adquirida no leilão por R$ 1.300,00 e revendida para os cortadores por, no máximo, R$ 2.100,00.
Apreendidas
A polícia civil, comandada pelo delegado codoense, já apreendeu duas dessas motocicletas com chassi adulterado e documento de leilão proibindo registro e licenciamento. O cortador de cana, Nascimento de Sousa Martins, revelou à Rômulo Vasconcelos que em Ribeirão Preto o cliente é quem escolhe onde comprar. “Se você quiser comprar lá no leilão, vai lá e arremata a moto e se você quiser comprar lá nos compradores, eles compram levam para oficina e aí você compra na mão deles” disse seu Nascimento.
O cortador de cana que esteve na delegacia apenas para dizer ao delegado como um amigo, que chegou a ser detido por estar pilotando uma das motos apreendidas, conseguiu a moto em Ribeirão, revelou algo mais à polícia. Disse que caminhões lotados dessas motos de circulação proibida são descarregados em Codó e Timbiras com muita freqüência. “Vem é de 40, 50, carreta só faz jogar a lona por cima e vem. Ta tudo aqui entre Codó e Timbiras, todo mundo sabe. Quando você ver moto sem placa aí, pode ver que é de lá” , afirmou Nascimento Martins.
Penalidades
O delegado que preside o inquérito afirma que, dependendo da procedência da moto o crime é estipulado e, conseqüente, sua pena correspondente. “Dependendo da procedência, se for produto de furto ou roubo a pessoa pode receber por crime de receptação. Caso ela tenha sido comprada em leilão, ela vai perder a moto porque ela não pode rodar na cidade, não pode rodar em lugar nenhum porque não tem identificação, não tem o registro que é o chassi, não tem numeração” , disse.
Rômulo Vasconcelos informou ainda que fará contato com a polícia civil de Ribeirão Preto. “Vai ser informado à polícia civil de São Paulo, os donos dessas lojas que estão repassando essas motos vão ser ouvidos”, encerrou
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