CAXIAS - A população de Caxias está em alerta. Somente este ano, já foram confirmados quatro casos de dengue hemorrágica. Todos eles foram notificados na zona urbana e nos três bairros onde há maior concentração de foco do mosquito: Nova Caxias, Castelo Branco e Mutirão.
O diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Salomão Xavier Sobrinho, ressalta que a população também precisa fazer a sua parte, caso contrário novos casos da doença poderão ser notificados.
“Estamos fazendo a nossa parte, mas a população também deve fazer a sua. A parceria com a população é fundamental para que o trabalho dos agentes tenha resultado melhor”, avalia o diretor do CCZ.
Dos quatro casos de dengue hemorrágica, dois foram com registro de óbito. Estes números, na opinião dos agentes comunitários de saúde, podem ser maiores. O problema, segundo eles, é que diversos casos deixam de ser informados e para o CCZ apenas os confirmados pelo Instituto Evandro Chagas, com sede em Belém (PA), são contabilizados.
Este é o único instituto a expedir laudos oficiais para o município. Sem ele, nenhum resultado clínico, expedido por qualquer outro órgão, é aceito pelo Ministério da Saúde.
DIFICULDADES
A dificuldade em diagnosticar a doença também é um dos motivos que tem preocupado a população caxiense. No caso da dengue clássica, o diagnóstico só sai após 15 dias, porque os exames laboratoriais não são realizados em Caxias, somente a pesquisa entomológica, que é o levantamento do número de infestação do Aedes aegipty, mosquito transmissor da doença.
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“É necessário que a população entenda que a dengue é uma doença que pode matar também”, alerta Salomão Xavier Sobrinho.
No município, justamente por causa da desinformação e dos sintomas serem facilmente confundidos com os de outro mal, os casos mais graves são tratados em Teresina (PI). Quando comprovada a suspeita de dengue hemorrágica, os casos entram na estatística piauiense e não na de Caxias, já que em diversas situações o tratamento está acontecendo em clínicas particulares do estado vizinho e não na rede pública.
VACINA
Ainda não foi desenvolvida vacina eficaz contra a dengue. O tratamento para a doença do tipo clássica é repouso e reposição de líquidos. A pessoa contaminada deve tomar muita água, sucos, e ingerir frutas e verduras frescas.
Para dor e febre, a recomendação é procurar um médico. Nos casos da hemorrágica, o tratamento é de suporte, no sentido de evitar o choque. Não existem vacinas contra a dengue e a prevenção é a única arma contra ela.
A recomendação de Salomão Xavier Sobrinho é de que toda pessoa que apresentar sintomas característicos da dengue deve procurar um posto de saúde para obter orientação médica.
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