Questão Social

Padre Júlio afirma que Pastoral de Rua é alvo de ataques e conspiração

Durante celebração dominical, sacerdote diz que críticas partem de grupos que desconhecem a história e as ações sociais desenvolvidas pela entidade em São Paulo

Imirante.com

Sacerdote afirma que iniciativas sociais sofrem tentativas de deslegitimação e reforça que seguirá defendendo grupos historicamente discriminados (Foto: divulgação)

SÃO PAULO - Em sua primeira missa dominical após ser proibido pela Arquidiocese de São Paulo de transmitir celebrações pela internet, o padre Júlio Lancellotti afirmou que as ações da Pastoral de Rua estão sendo alvo de ataques e conspiração. A declaração foi feita neste domingo (21), ao final da celebração, diante de fiéis que acompanharam o rito presencialmente.

Religioso critica ataques e diz que há disseminação de ódio

Durante a homilia, o padre afirmou que, assim como há pessoas reunidas para rezar e agir de forma solidária, existem grupos que se organizam para atacar o trabalho social desenvolvido pela pastoral. Segundo ele, essas ações seriam motivadas pelo ódio e pela tentativa de deslegitimar iniciativas voltadas à população em situação de rua.

Padre afirma que críticos desconhecem o trabalho realizado

Padre Júlio declarou que muitos dos ataques partem de pessoas que não conhecem a história nem a atuação da Pastoral de Rua. Ele destacou que quem deseja entender o trabalho desenvolvido pode visitar as instituições mantidas pela pastoral e acompanhar de perto as atividades realizadas diariamente.

Ações sociais são mantidas por doações, diz sacerdote

O religioso citou iniciativas como o Centro Santa Dulce, a Casa Santa Virgínia e a Casa Nossa Senhora das Mercês. Segundo ele, todas as ações são sustentadas por doações da sociedade civil, sem recursos do poder público. Um dos exemplos mencionados foi a padaria comunitária, que produz cerca de dois mil pães distribuídos diariamente a pessoas em vulnerabilidade.

Defesa de grupos historicamente discriminados

Padre Júlio voltou a se posicionar em defesa de grupos socialmente discriminados, como pessoas em situação de rua, trabalhadores sem terra, povos indígenas, população negra, mulheres e o povo palestino. Ele afirmou que seguirá ao lado dessas causas, mesmo diante de ataques e tentativas de desqualificação do seu trabalho.

Missa foi transmitida por terceiros após proibição

Apesar da proibição imposta pela Arquidiocese de São Paulo ao uso das redes sociais pelo padre, a missa deste domingo foi transmitida ao vivo pela Rede Jornalistas Livres, por meio do Instagram. Procurada ao longo da semana, a Arquidiocese não se manifestou sobre o caso até a publicação da matéria.

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