Economia

Bolsa tem maior revés em mais de quatro anos após anúncio de candidatura de Flávio Bolsonaro,

Dólar em alta fecha acima de R$ 5,43 após reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro; Ibovespa tem maior queda desde 2021.

Ipolítica

Flávio Bolsonaro disse que será candidato à Presidência em 2026 nesta sexta (6). (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

BRASÍLIA – O dólar em alta encerrou esta sexta-feira (5) com valorização superior a 2%, negociado a R$ 5,4328, no maior patamar em quase dois meses. O Ibovespa, que vinha operando em território positivo durante a manhã, reverteu o movimento e fechou aos 157.369 pontos, queda de 4,31%, o pior desempenho diário desde fevereiro de 2021.

O pregão, que tinha tendência de ser guiado pelos dados de inflação dos Estados Unidos, acabou dominado pelas turbulências políticas no Brasil. A sinalização de que Flávio Bolsonaro pode ser candidato à Presidência da República em 2026 provocou reação imediata no mercado financeiro: o dólar disparou, enquanto o Ibovespa recuou com força.

Reação à possibilidade de Flávio Bolsonaro disputar a Presidência

O movimento ocorreu após o anúncio de que Jair Bolsonaro escolheu o filho, Flávio Bolsonaro, como seu sucessor político para a disputa presidencial de 2026. A decisão frustrou expectativas de parte do mercado, que esperava uma chapa formada por Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro — vista como mais competitiva e capaz de unificar a direita.

Segundo analistas, a substituição de Jair Bolsonaro por Flávio Bolsonaro altera o cálculo eleitoral e aumenta a percepção de risco político, fator que contribuiu para pressão adicional sobre o câmbio e a forte queda no índice da bolsa.

PIB fraco reforça expectativa de corte de juros

No cenário doméstico, o PIB do terceiro trimestre, divulgado na quinta-feira (4), mostrou avanço tímido de 0,1% em relação ao trimestre anterior. A desaceleração do setor de serviços e a perda de força do consumo das famílias reforçam avaliações de que o Banco Central poderá iniciar um ciclo de cortes da taxa Selic já em janeiro.

Economistas destacam que a combinação de atividade econômica mais fraca com maior volatilidade política tende a manter o dólar em alta nas próximas semanas, especialmente se persistirem incertezas no ambiente institucional e eleitoral.

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