BRASIL - Depois de 12 trimestres consecutivos de prejuízos, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos aprovou, nesta quarta-feira (19), um plano de reestruturação dos Correios para garantir liquidez e manter seu papel como operador nacional de logística. A proposta foi validada pelos conselhos da estatal e prevê medidas de impacto nos próximos meses.
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Eixos principais do plano
O plano de reestruturação dos Correios reúne três eixos centrais:
- Recuperação financeira
- Consolidação do modelo
- Crescimento estratégico
Para alcançar essas metas, a empresa informou que deve concluir até o fim de novembro a captação de R$ 20 bilhões com um consórcio de bancos.
Medidas previstas
Nos próximos 12 meses, os Correios esperam implementar ações diretas, entre elas:
- Programa de Demissão Voluntária e redução de custos com planos de saúde
- Reestruturação da rede de atendimento, com possibilidade de eliminar até mil pontos deficitários
- Modernização da operação e da infraestrutura tecnológica
- Monetização de ativos e venda de imóveis, com potencial de arrecadação de R$ 1,5 bilhão
- Expansão do portfólio para comércio eletrônico
- Avaliação de fusões e aquisições para reconstruir a empresa a médio prazo.
Função pública mantida
Apesar dos cortes e mudanças, os Correios reafirmaram que a universalização dos serviços postais é “compromisso estratégico e social inegociável”. A estatal destacou que, mesmo com déficit líquido de R$ 4,5 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, continua sendo o único operador capaz de atender todos os municípios do país, inclusive os de difícil acesso.
A capilaridade da rede, que garante a entrega de livros didáticos, insumos eleitorais e ajuda humanitária em emergências, é usada como argumento para justificar a manutenção da estatal com eficiência.
Riscos e próximos passos
A expectativa é que a execução do plano permita reduzir o déficit em 2026 e voltar a gerar lucro em 2027. No entanto, há riscos:
- Dependência da captação de crédito no mercado
- Venda de ativos em ambiente econômico incerto
- Pressão por eficiência em setor altamente regulado
- Concorrência de operadores externos com forte investimento
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