ATÉ R$ 5 MIL

Novo Imposto de Renda 2026: entenda quem tem direito à isenção

De acordo com o governo, a medida representa uma renúncia fiscal de R$ 25,4 bilhões, equivalente a cerca de 10% da arrecadação total do IRPF.

Ipolítica

Comissão do Senado (Reprodução)

BRASIL - O Projeto de Lei (PL) nº 1.087/2025, aprovado pela Câmara dos Deputados e encaminhado pelo Poder Executivo, propõe uma mudança ampla nas regras do Imposto de Renda (IR) a partir de 2026. O texto isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil por mês e aumenta a tributação sobre altas rendas, com o objetivo de reduzir desigualdades e melhorar a distribuição de renda no país.

Atualmente, a isenção vale apenas para quem recebe até R$ 3.076 (dois salários mínimos). Se aprovado também pelo Senado, o projeto passará a valer em janeiro de 2026.

Quem será isento do Imposto de Renda

A principal mudança é a isenção total para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá redução parcial da tributação.
Contribuintes que recebem acima de R$ 7.350 continuarão sendo tributados normalmente.

De acordo com o governo, a medida representa uma renúncia fiscal de R$ 25,4 bilhões, equivalente a cerca de 10% da arrecadação total do IRPF.

Isenção anual e novas faixas

A partir da declaração de 2027 (ano-base 2026), estarão isentos do IR anual os contribuintes com rendimentos de até R$ 60 mil por ano.

Quem recebe entre R$ 60 mil e R$ 88,2 mil anuais terá uma redução progressiva do imposto.
Já os que ganham mais de R$ 600 mil por ano pagarão uma alíquota mínima que varia de 0% a 10%, conforme a renda total.

Exemplo:

Quem ganha R$ 900 mil anuais pagará 5% (R$ 45 mil);

Quem ganha acima de R$ 1,2 milhão por ano pagará 10%.

Tributação de lucros e dividendos

A partir de janeiro de 2026, lucros e dividendos pagos por empresas a uma mesma pessoa física acima de R$ 50 mil por mês serão tributados em 10%, sem deduções.

Pagamentos aprovados até 31 de dezembro de 2025 não serão afetados pela nova regra, mesmo que recebidos depois.

Estão fora da tributação investimentos como:

LCI, LCA, CRA, CRI, LIG, LCD;

Fundos Imobiliários (FII) e Fiagros;

Debêntures incentivadas de infraestrutura;

Fundos e ETFs que apliquem 85% dos recursos em energia, saneamento e logística.

Como funciona o abatimento e o “redutor”

O projeto cria um mecanismo de segurança chamado redutor, que impede dupla tributação sobre lucros.
A soma do imposto pago pela empresa e pelo sócio não pode ultrapassar o teto máximo de carga tributária (entre 34% e 45%, conforme o caso).

Além disso, o contribuinte poderá abater do IR mínimo todos os valores já pagos no mesmo ano.
Se, após o abatimento, o resultado for zero ou negativo, não haverá cobrança adicional.

Objetivo do projeto

Segundo o governo, o novo modelo de tributação busca:

Tornar o sistema mais justo e progressivo;

Aumentar a eficiência arrecadatória;

Estimular o consumo das famílias de menor renda;

Ampliar a formalização e corrigir distorções históricas na cobrança de impostos.

O projeto segue agora para análise no Senado Federal e deve entrar em vigor em janeiro de 2026, caso seja aprovado sem modificações.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.