PDT na bronca

Lupi deve deixar ministério, dizem aliados

No Palácio do Planalto, a saída de Lupi é vista como iminente, com expectativa de uma reunião decisiva entre o presidente e o ministro em breve.

Informações do g1

Carlos Lupi deve deixar o governo Lula após escândalo de corrupção (Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

BRASÍLIA - A pressão pela saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, não se restringe aos setores do governo Lula (PT). Dentro do próprio PDT, partido de Lupi, há um entendimento de que sua saída seria o melhor caminho.

No Palácio do Planalto, a saída de Lupi é vista como iminente, com expectativa de uma reunião decisiva entre o presidente e o ministro em breve. Na quarta-feira (30), Lula orientou Gleisi Hoffmann (PT), da Secretaria de Relações Institucionais, a negociar com o PDT a saída do ministro.

Lula pretende resolver a questão antes de sua viagem a Moscou, na próxima semana. Gleisi, junto com outros ministros, como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), já iniciou diálogos com lideranças do PDT, e a saída de Lupi parece consensual no partido.

As negociações foram confirmadas durante os eventos do Primeiro de Maio, na quinta-feira (1º). A expectativa é que Lupi deixe a carga ainda nesta sexta-feira (2), caso não haja pendências. Se confirmada, a entrega da carga ocorrerá no Planalto, com o ministério permanecendo sob comando do PDT.

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A saída de Lupi é motivada pelo desempenho insatisfatório, agravado pela fraude nas retiradas e pela manutenção de figuras da gestão anterior no ministério e no INSS. O Planalto avalia que a Previdência precisa de uma reformulação urgente, o que seria inviável com Lupi no cargo.

As Lideranças do PDT sugeriram que Lupi deixou o governo e reassuma a presidência do partido, do qual é licenciado, para fortalecer o PDT na base governamental. Contudo, Lupi teme que sua saída seja vista pelo público como admissão de culpa.

Embora parte do PDT defenda a permanência na base de Lula, uma ala liderada por Ciro Gomes vê na crise uma chance de romper com o governo. Em 2022, Ciro concorreu contra Lula, não o apoiou no turno contra Jair Bolsonaro (PL) e protagonizou críticas contundentes ao petista.

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