Economia

Projeto do IR enfrentará debate para aprovar contrapartida, diz Haddad

Mais de dez milhões de brasileiros deverão ser beneficiados com medida.

Bruno Bocchini / Agência Brasil

Atualizada em 23/03/2025 às 00h01
Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda. (Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite de sexta-feira (21) que o projeto do governo federal que pretende isentar do Imposto de Renda as pessoas que ganham até R$ 5 mil deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional. No entanto, ele ressalvou que a compensação da isenção enfrentará “o debate real”.

“A dificuldade é fazer quem não paga pagar para compensar, que é a contrapartida”, disse o ministro, no podcast Inteligência Ltda. 

“Nós vamos ter alguns meses de debate, o que é ótimo. Quanto mais se debater, quanto mais a sociedade estiver envolvida, melhor. Vai ser muito difícil um deputado se manifestar contra a isenção. Então qual vai ser o debate real? A compensação, quem paga. O que a gente combinou, que não pode acontecer, é dar o benefício sem compensação”, acrescentou.

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Segundo o Ministério da Fazenda, mais de dez milhões de brasileiros deverão ser beneficiados com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, anunciado na última terça-feira (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto já foi encaminhado ao Congresso Nacional. 

De acordo com a pasta, a proposta deverá ter impacto neutro sobre a arrecadação do governo. A isenção deverá gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,8 bilhões e será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês - ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país.  Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta valerá a partir de 2026.

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