BRASIL - Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), deu mais um importante passo no enfrentamento às mudanças climáticas ao realizar um evento para debater os episódios críticos de poluição do ar e sua relação com a saúde humana. O encontro ocorreu nesta terça-feira (20), em Brasília.
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Representantes das duas pastas, especialistas como Sergio Sanchez, da Environmental Defense Fund (EDF), e membros da sociedade civil, incluindo a Coalizão Respirar - Instituto Alana, participaram do evento. O objetivo foi compartilhar experiências nacionais e internacionais, analisar metodologias para identificar e tratar episódios críticos de poluição do ar, e coletar subsídios para a revisão dos valores de referência dos níveis de atenção, alerta e emergência. Além disso, foram discutidas diretrizes para a elaboração do guia para os Planos de Atendimento a Episódios Críticos de Poluição.
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As duas pastas têm trabalhado em conjunto para apoiar a formulação de políticas públicas de saúde ambiental, bem como para aprimorar a qualidade das informações e fortalecer a vigilância em saúde no Brasil. Um exemplo dessa colaboração foi o lançamento, em junho deste ano, do Painel Vigiar: Poluição Atmosférica e Saúde Humana, uma ferramenta para identificar áreas com maior exposição ao material particulado fino e seus impactos.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou que o trabalho conjunto reforça o compromisso do governo com medidas de proteção ambiental e saúde pública. Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou que a poluição atmosférica não só prejudica a saúde e a qualidade de vida, mas também aumenta os custos para o Estado, devido ao maior número de atendimentos e internações hospitalares, além do uso de medicamentos. Esses custos poderiam ser reduzidos com a melhoria da qualidade do ar nas áreas urbanas.
Qualidade do ar
O Brasil tem avançado na luta contra as mudanças climáticas, como demonstrado pela instituição da Política Nacional de Qualidade do Ar (PNQAr), em maio deste ano. A nova legislação surge em resposta a anos de debates sobre os impactos da baixa qualidade do ar na saúde, liderados principalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 2019 classificou a poluição atmosférica e as mudanças climáticas como temas prioritários para a saúde humana. Com essa nova legislação, o Brasil fortalece suas normas de qualidade do ar, alinhando-se às tendências globais de descarbonização e cuidados climáticos.
Saiba Mais
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- Estudo associa poluição do ar a maior gravidade de doenças mentais
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