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Relação de Moro e Deltan Dallagnol estremece às vésperas do julgamento que pode cassar senador

Senador começa a ser julgado amanhã pelo TRE-PR em meio a distanciamento com um de seus maiores aliados na Lava-Jato.

O Globo

Sérgio Moro (Reprodução)

BRASÍLIA - O senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR) começará a ser julgado nesta segunda-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná no processo que pode culminar em sua cassação.

 Moro chega ao julgamento sem o apoio de um de seus maiores aliados, o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) — cassado em maio de 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

Colegas na Operação Lava-Jato, Moro e Deltan entraram na política em 2022 e chegaram a formar uma bancada contra a corrupção no início de seus mandatos no Congresso. No dia primeiro de fevereiro de 2023, quando tomaram posse, os dois posaram para fotos ao lado da mulher do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e até meados de maio nutriam certa proximidade.

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A relação começou a azedar quando Deltan perdeu o mandato. À época, os ministros entenderam que o ex-procurador deixou o Ministério Público para escapar de possíveis punições, sendo assim enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

A postura de Moro naquele momento incomodou aliados de Deltan, que esperavam maior apoio. O senador chegou a defender o ex-companheiro em diversos posicionamentos públicos, mas não compareceu aos atos em favor de Deltan em Curitiba, reduto eleitoral de ambos. 

O maior gesto de Moro foi acolher parte da equipe de assessores do ex-parlamentar em seu gabinete e no de sua mulher, Rosângela, o que não foi considerado suficiente.

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