BRASÍLIA - No relatório que embasou a operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal (PF) aponta a necessidade de apurar se o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, e o da Aeronáutica, Baptista Junior, contribuíram para a tentativa de golpe por omissão.
Segundo o relato feito pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o da Marinha, Almir Garnier, teria sinalizado adesão a um eventual golpe militar. Ele é o único dos três comandantes alvos da operação.
A PF, contudo, indica que a postura dos outros dois precisa ser apurada para se entender o motivo de não terem denunciado os planos em andamento.
Conforme o exposto, os fatos apresentados revelaram a adesão e participação de vários militares aos atos que estavam sendo desenvolvidos pelo grupo investigado na tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em relação ao general Freire Gomes e ao Brigadeiro Baptista Junior os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes", atesta o documento.
Continua após a publicidade..
DIVULGAÇÃO PERIGOSA E INOPORTUNA
Outro militar citado no relatório, mas que não aparece como alvo, é o pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Lourena Cid.
Lourena havia sido citado na investigação da venda de joias no exterior e foi o envolvimento do pai que levou Mauro Cid a optar por um acordo de colaboração premiada. Até então, a justificativa era de que Lourena apenas havia ajudado em uma missão recebida pelo filho.
O relatório, no entanto, mostra uma troca de mensagens que revela uma preocupação com a narrativa montada pelo grupo golpista para manter apoiadores mobilizados.
Saiba Mais
- Defesa de Bolsonaro diz que postagem após 8 de janeiro foi "acidental"
- PGR recupera vídeo publicado por Bolsonaro após atos de 8 de janeiro
- TSE retoma julgamento de Bolsonaro por abuso de poder nas eleições
- Moraes autoriza quebra de sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle
- Defesa recorre de decisão do TSE que tornou Bolsonaro inelegível
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias