Guerra em Israel

Lula lamenta morte de portugueses na Faixa de Gaza

Segundo governo de Portugal, dois dos mortos eram menores.

AgĂȘncia Brasil

Atualizada em 16/11/2023 Ă s 15h01
Lula escreveu mensagem nas redes sociais (Ricardo Stuckert / PR)

BRASÍLIA - O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva lamentou, nesta quinta-feira (16), a morte de trĂȘs portugueses em bombardeio das forças de Israel no sul da Faixa de Gaza, no Oriente MĂ©dio. “Os civis de muitos paĂ­ses correm risco de vida e precisam ter atendido, no mais breve prazo possĂ­vel, seu direito de repatriação”, escreveu nas redes sociais, manifestando suas condolĂȘncias ao governo e ao povo de Portugal.

Lula lembrou que o Brasil conseguiu repatriar 32 brasileiros e familiares apĂłs mais de 30 dias do inĂ­cio do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Segundo o presidente, os portugueses estavam entre os cerca de 3 mil estrangeiros que ainda aguardam para deixar Gaza pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito.

De acordo com o ministro das RelaçÔes Exteriores de Portugal, JoĂŁo Gomes Cravinho, dois dos cidadĂŁos mortos eram menores. Para ele, a morte dos trĂȘs portugueses e dois familiares diretos desses cidadĂŁos â€œĂ© mais uma prova de que este nĂŁo Ă© o caminho certo". "NĂłs precisamos parar agora estes bombardeios", defendeu.

Segundo Cravinho, as vĂ­timas civis estavam na lista de 16 pessoas para serem repatriadas entregue por Portugal Ă s autoridades de Israel e do Egito. O ministro informou que recebeu de Israel a indicação de que, nesta quinta-feira, sairĂŁo dez cidadĂŁos portugueses e familiares de Gaza, restando ainda trĂȘs menores para deixar a regiĂŁo.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também lamentou as mortes na Faixa de Gaza e disse esperar que o grupo de civis com nacionalidade portuguesa saia do centro do conflito o quanto antes.

Ontem (15), o Conselho de Seguranças das NaçÔes Unidas (ONU) aprovou a primeira resolução relativa à atual crise humanitåria na Faixa de Gaza. O texto foi apoiado pelo Brasil.

A resolução, com foco na proteção de crianças, foi proposta por Malta e aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e RĂșssia optaram pela abstenção. O texto pede a implementação de pausas e corredores humanitĂĄrios urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um nĂșmero suficiente de dias, para que ajuda humanitĂĄria de emergĂȘncia possa ser prestada Ă  população civil por agĂȘncias especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha Internacional e por outras agĂȘncias humanitĂĄrias imparciais.

O conflito

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou vårias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impÎs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de ågua, combustível e energia elétrica.

Os ataques jĂĄ deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territĂłrios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territĂłrios que jĂĄ foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

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