Reforço no efetivo

Focos de incêndio caem na região metropolitana de Manaus

Informação é do governador do Amazonas, Wilson Lima.

Luciano Nascimento/Agência Brasil

Atualizada em 18/10/2023 às 14h47
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, de 12 de julho a 15 de outubro já são 2.386 incêndios combatidos no estado. (Foto: Antônio Lima / Secom)

MANAUS - Após o reforço no efetivo para combater incêndios na região metropolitana de Manaus, os focos de incêndio diminuíram, segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima. Durante entrevista para apresentar balanço das ações emergenciais para combate a seca, no início da noite de ontem (17), Lima disse que foram registrados só nessa área 415 focos de calor, focos dentre os dias 8 e 10 de outubro e que no período de 11 a 15 deste mês, as ocorrências caíram para 28.

“A gente tem um conjunto de situações, primeiro essa ação que se intensificou e também as chuvas que caíram nos últimos dias ajudaram a diminuir sensivelmente a questão desses focos de calor aqui na região metropolitana”, avaliou Lima.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, de 12 de julho a 15 de outubro já são 2.386 incêndios combatidos no estado, 1.691 no interior e sendo 695 na capital. Os focos de incêndio fizeram com que Manaus ficasse encoberta por uma nuvem de fumaça.

Ao apresentar o balanço, Lima também disse que se encontrará, nesta quarta-feira (18), em Brasília, com o vice-presidente Geraldo Alckmin, juntamente com outros ministros para tratar da questão da estiagem no estado.

Ontem, a cota do Rio Negro chegou a 13,49 metros, a menor desde 1902, quando começaram as medições do volume das águas. O baixo volume do rio afetou a navegação de navios que transportam cargas de insumos para o comércio e fabricação de produtos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) disse que empresas de navegação que possuem linhas regulares para atender a zona produtora e a comunidade, já começaram a sentir os impactos da seca, especialmente sobre o transporte de produtos mais pesados, como  alimentos (arroz, congelados e resfriados), cimento, metais, cerâmica, porcelanato e fertilizantes.

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“As empresas apontam que a seca poderá impactar a navegação em 50%, ou seja, 50% do que deveria ser transportado deixará de ser durante este período. No pior cenário, em função da segurança, não será possível a navegação pelo Rio Amazonas”, disse a Abac.

Para reduzir o impacto, o governo federal anunciou a realização de obras de dragagem em trechos dos rios da região.

Segundo o governador do Amazonas, as obras de dragagem no trecho do Rio Amazonas, conhecido como Tabocal, próximo a Itacoatiara, localizado a 176 quilômetros de Manaus, terão início nos próximos dias.

Boletim

Boletim atualizado da Defesa Civil do estado, mostra que a situação da seca no Amazonas levou 59, dos 62 municípios a decretar situação de emergência, um está em alerta (Canutama) e dois permanecem em situação de normalidade (Presidente Figueiredo e Apuí). Até o momento, 138 mil famílias foram afetadas e aproximadamente 557 mil pessoas.

“Com relação à ajuda humanitária, 40 mil cestas básicas estão entregues, em trânsito ou prontas para entrega pelo Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, em parceria com Exército e Marinha. O Estado também segue com entregas de alimentos do Merenda em Casa, com mais de 2,2 mil kits já entregues”, informou o governo do Amazonas.

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