Articulação

Senado já tem seis nomes para a relatoria da reforma tributária

O texto da reforma tributária será encaminhado pela Câmara nas próximas horas, mas somente será apreciado na Casa no segundo semestre.

Ipolítica, com informações do Estadão

Seis senadores são cotados para ficar na relatoria de proposta (Lula Marques / Agência Brasil)

BRASÍLIA - Pelo menos seis nomes já são apontados como cotados no Senado Federal para a possível relatoria da PEC que institui a reforma tributária. 

O texto da reforma será encaminhado pela Câmara nas próximas horas. A matéria foi aprovada na noite desta sexta-feira (7).

Dentre os parlamentares, os mais citados, são:  Eduardo Braga (MDB-AM) - Aliado de Luiz Inácio Lula da Silva e líder do MDB. Sua bancada é a segunda maior da Casa (empatada com o PL, partido de oposição). 

Pesa contra ele ser do estado com um dos interesses mais diretos na reforma tributária, a Zona Franca da Manaus. 

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Otto Alencar (PSD-BA) - Líder da maior bancada do Senado, aliado de Lula. Também é correligionário e próximo de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Pesa contra ele o fato de o PSD já ter tido a relatoria de outro projeto estruturante para a economia, a nova regra fiscal, que ficou sob os cuidados de Omar Aziz (AM); 

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) - Um dos nomes fortes do União Brasil, é presidente da Comissão de Constituição e Justiça e tem bom trânsito nos mais diversos setores do Senado. Alcolumbre foi o principal negociador das indicações de filiados ao União Brasil para ministérios. 

Pesa contra Alcolumbre seu partido ser desunido e ter integrantes na oposição; 

Efraim Filho - Líder do União Brasil, é relator de um grupo de trabalho que adianta a discussão da reforma tributária na Comissão de Assuntos Econômicos. Tem estreitas relações com o setor privado. Ele ficará mais forte no páreo se Pacheco optar por um nome menos alinhado ao governo. 

Assim como no caso de Alcolumbre, a situação do partido pesa contra Efraim. Também foram mencionados ao Estadão/Broadcast, ainda que como probabilidades menores: Vanderlan Cardoso (PSD-GO) - é citado por presidir a Comissão de Assuntos Econômicos; Jaques Wagner (PT-BA) - seria uma opção caso Pacheco decida trazer o Planalto para mais perto das discussões e carimbar o projeto como uma pauta do Executivo - Wagner é líder do Governo na Casa. 

Somente no segundo semestre é que o texto da reforma tributária começará a ser analisada no Senado. 

Rodrigo Pacheco terá várias semanas para avaliar o cenário político e definir o relator - esse é o motivo de Wagner mencionado, no futuro a pecha de governista pode não ser danosa à tramitação.

O relator é especialmente importante em propostas de emenda à Constituição (PECs) como a da reforma tributária. Esses projetos só são aprovados pelo Congresso se houver concordância integral entre Câmara e Senado. Em projetos de lei, por exemplo, a Casa que tiver iniciado a discussão pode descartar as alterações que a outra fizer e enviar o texto a sanção

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