Ministra do Turismo

Daniela Carneiro segue no cargo após reunião com Lula

No encontro, Daniela entregaria sua carta de demissão do cargo de ministra. No entanto, após a reunião, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta confirmou sua permanência na pasta.

Ipolítica

Atualizada em 06/07/2023 às 17h07
Daniela Carneiro balança no cargo desde que assumiu em janeiro o Ministério. (Roberto Castro / Ministério do Turismo)

BRASÍLIA- Daniela Carneiro continuará no cargo de ministra do Turismo, após reunião nesta quinta-feira (6) no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta confirmou à informação. 

No encontro, que começou por volta de 15h, Daniela entregaria sua carta de demissão do cargo de ministra, segundo informou nesta quarta (5) o marido dela, o político Waguinho, que é prefeito de Belford Roxo (RJ). No começo do mês de junho Daniela Carneiro foi também mantida no cargo pelo presidente Lula. 

A parlamentar é alvo de muita pressão dentro do próprio União Brasil e de integrantes do governo pela sua demissão. O seu grupo político entrou em litígio com o União Brasil após divergências com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar (PE), Waguinho trocou o partido pelo Republicanos. A ministra pediu ao Tribunal Superior Eleitoral para também deixar a legenda. 

Milícias

Continua após a publicidade..

Daniela Carneiro foi apoiada pela ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Juracy Alves Prudêncio, o Jura - condenado e preso por chefiar uma milícia na Baixada Fluminense há pelo menos quatro anos. A ex-vereadora fez campanha para Daniela em 2018 e 2022. Essa ligação foi apontado nas redes sociais como uma demonstração da proximidade da família da ministra com milícias da região.

Jura cumpre pena de 26 anos de prisão - atualmente, em regime semiaberto - pelos crimes de associação criminosa e homicídio. O miliciano chegou a ser nomeado na prefeitura de Belford Roxo, chefiada pelo marido de Daniela, prefeito Wagner Carneiro para um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ordem Urbana, em agosto de 2017.

Outros familiares de milicianos indicaram manter relação com o casal Daniela e Waguinho. A irmã e o pai do terceiro-sargento bombeiro Márcio Pagniez, o Marcinho Bombeiro, acusado de integrar uma milícia na Baixada Fluminense, foram nomeados na prefeitura liderada por Waguinho. As nomeações ocorreram em dezembro de 2021 e agosto de 2022; a condenação do ex-militar foi em 2019. Os parentes de Marcinho também apoiaram a campanha da ministra.



 

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.