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Lula diz que Estado falhou na alfabetização de crianças

Presidente disse que Estado falhou porque achou que repassar recursos para as escolas de ensino fundamental era gasto e iria comprometer o equilíbrio fiscal.

Ipolítica com Agência Brasil

Governo lança o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. (Foto: Reprodução)

BRASÍLIA- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (12) que o Estado brasileiro “falhou miseravelmente” ao longo dos últimos anos quando o assunto é a alfabetização. Durante o lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, Lula lembrou que, em 2021, mais da metade das crianças terminaram o 2º ano do ensino fundamental sem conseguir ler e escrever. “Mais de 1 milhão de crianças foram largadas à própria sorte no processo de alfabetização”.

“O atraso na alfabetização ocorre porque o Estado brasileiro falhou miseravelmente nos últimos anos. Falhou porque achou que repassar recursos para as escolas de ensino fundamental era gasto e iria comprometer o tal do equilíbrio fiscal. Falhou porque não garantiu alimentação escolar de qualidade. Falhou porque, quando a pandemia levou ao fechamento das salas de aula, o governante anterior não cobrou soluções emergenciais para a educação, preferiu o negacionismo e o discurso do ódio. O resultado não poderia ser outro”, disse o presidente.

“Mesmo tendo uma rede de educação pública em todo o território nacional, aprimorada ao longo de décadas de experiência e de cooperação entre a União, estados e municípios, o Brasil sofreu vergonhosos retrocessos”, acrescentou.

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“É uma coisa tão simples, tão fácil, tão visível pra todos nós que deveria acontecer todo ano, mas lamentavelmente, no Brasil, vivemos um período muito obscuro em que os entes federados não conversavam entre si”, concluiu Lula.

No Maranhão, a taxa de analfabetismo no período entre 2019 e 2022 foi mais que o dobro da nacional: 12,1%. Os números do estado também são maiores que a média da Região Nordeste, que ficou em 11,7%.

Na comparação com as demais 26 unidades da federação, os números maranhense são melhores apenas que os do Piauí (14,,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, divulgada pelo IBGE. 

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