Flávio Dino defende Lula por vinda de Nicolás Maduro ao Brasil
Dino afirmou que Lula estava apenas cumprindo seu dever constitucional. Lula foi bastante criticado pela vinda de Nicolás Maduro ao Brasil e por essa sua fala que classificou como "narrativa" a situação no País vizinho.
BRASÍLIA- O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após críticas que o mandatário brasileiro recebeu por ter convidado Nicolás Maduro para reunião da cúpula de líderes da América do Sul que aconteceu em Brasília, na última terça-feira (30).
Dino afirmou que Lula estava apenas cumprindo seu dever constitucional. "Está na Constituição Federal: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.”O presidente @LulaOficial está cumprindo tal dever constitucional ", escreveu o ministro.
Nicolás Maduro esteve no Brasil para a reunião da cúpula de líderes da América do Sul que aconteceu em Brasília. Durante o encontro, o presidente Lula disse em pronunciamento que a Venezuela “é vítima de uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. “Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo. Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo”, disse Lula, dirigindo-se a Maduro. De acordo com o petista, cabe à Venezuela “mostrar a sua narrativa para que as pessoas possam mudar de opinião”.
Lula foi bastante criticado pela vinda de Nicolás Maduro ao Brasil e por essa sua fala que classificou como narrativa a situação no País vizinho. Presidentes de Chile e Uruguai se pronunciaram contra a presença do venezuelano na cúpula de líderes da América do Sul.
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Luis Lacalle Pou se disse surpreso com a fala de Lula que classificou como narrativa o que acontece na Venezuela. “Devo dizer que fiquei surpreso quando se falou que o que acontece na Venezuela é uma narrativa”, disse o uruguaio.
Maduro veio ao Brasil após oito anos. Não houve relação com o Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro, inclusive ao assumir em 2019 o então mandatário brasileiro deixou de reconhecer Maduro como presidente venezuelano e passou a aceitar Juan Guaidó como presidente interino. Outros países também aceitam a representação de Guaidó.
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