Entrevista

Bolsonaro diz que Lula "está governando com o fígado"

Ex-presidente concedeu entrevista à revista Veja.

Ipolítica

Atualizada em 20/05/2023 às 09h06
Bolsonaro declarou que atos de 8 de janeiro foram "uma coisa infeliz" (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista à revista Veja divulgada nesta sexta-feira (19).

Apesar de se dizer mais “light”, o ex-chefe do Executivo federal disse que o atual ocupante do Palácio do Planalto está “senil” e “governando com o fígado”.

“Eu não quero problemas. Quero apenas o bem do meu país, apesar de ter uma pessoa no poder que tem um passado triste e fica potencializando coisas que não deram certo lá atrás. Está governando com o fígado. É uma figura senil, ultrapassada. Até o momento, a preocupação dele é dizer que pegou um país destruído. É só a gente ficar quieto que ele faz a nossa campanha para o futuro”, destacou.

A entrevista foi concedida um dia depois do depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal no inquérito que apura a suposta falsificação de seu cartão de vacinação. Sobre o assunto, o ex-presidente afirmou que não sabia da fraude, reafirmou que não tomou a vacina e que, portanto, não haveria motivo algum para emitir um certificado atestando o contrário.

“Ao que tudo indica, alguém fez besteira. Não estou batendo o martelo. Da minha parte não tem problema nenhum. Eu não precisava de vacina para entrar nos EUA. A minha filha também não precisava de nada. Estão investigando essas fraudes de 2022, tudo bem. Mas ninguém está investigando aquela outra que aconteceu em 2021. Alguém entrou no sistema usando o endereço “lula@gmail” para falsificar meu cartão de vacina. O cara pode ser ligado ao PT. Por que não estão investigando? São parciais, na verdade”, reiterou.

Ele chamou de “esculacho" as investigações sobre ele e o seu entorno. “O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, nem tinha deixado o prédio da PF ainda e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um esculacho. Todo o meu entorno é monitorado desde 2021. Quebraram os sigilos do coronel Cid para quê? Para chegar a mim”", completou.

O ex-presidente também reiterou que as eleições de 2022 são passadas e preferiu não falar sobre eventuais fraudes, que chegou a destacar no ano passado.

Sobre os os atos do 08 de janeiro, apontou o episódio  como “uma coisa infeliz" e mencionou o possível envolvimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, Gonçalves Dias.

“Foi uma coisa infeliz o que aconteceu, só prejudicou a direita, a mim e deu um fôlego à esquerda. Muitos inocentes presos, lamentavelmente. Nada justifica entrar e quebrar patrimônio. Marginais fizeram aquilo. Usaram da boa-fé do nosso pessoal, que nunca virou uma lata de lixo, quebrou uma vidraça ou ateou fogo em nada. Todo mundo do governo sabia o que ia acontecer. Graças a Deus houve o vazamento da imagem. Apareceu o G. Dias (então ministro do gabinete de Segurança Institucional de Lula) lá numa boa. Imagine se eu estivesse no Brasil? Talvez viessem me buscar aqui em casa como autor intelectual, como mentor daquilo. A perseguição atinge toda a minha família”, disse.

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