Viagem a Europa

Em Portugal, Lula fala sobre GSI, CMPI de 8/1 e guerra na Urânia

Presidente brasileiro, em entrevistas, disse que a questão do GSI vai resolver somente quando voltar ao Brasil; para ele, CMPI do 8 de janeiro é "uma questão do Congresso".

Ipolítica com informações do G1

Presidente Lula comentou sobre a guerra na Urânia dizendo que conflito precisa ser resolvido com diálogo (Divulgação)

BRASIL - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou neste sábado (22), em Portugal, fazer comentários sobre a demissão do general Gonçalves Dias do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e sobre a possibilidade de instalação da CPI mista dos Atos Golpistas.

Lula foi questionado sobre os temas durante entrevista em Lisboa, após uma reunião com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo.

Sobre a crise no GSI, Lula afirmou apenas que vai tomar providências sobre o tema no retorno ao Brasil.

Em relação à CPI mista dos Atos Golpistas, proposta pela oposição e que deve ser criada na próxima semana no Congresso, o petista afirmou que CPI é uma questão do Legislativo e que o presidente da República "não vota" no Senado e na Câmara.

Em entrevista no começo do mandato, Lula disse que era contrário à instalação de uma CPI para apurar os atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, o petista disse acreditar que o Executivo tem os instrumentos necessários para conduzir as investigações, sem necessidade de participação do Legislativo.

Guerra na Urânia

Lula comentou ainda sobre o conflito na Ucrânia. O petista afirmou que quem "não fala em paz contribui para a guerra".

Lula deu as declarações depois de reunião com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. O petista foi questionado por uma jornalista portuguesa se mantinha uma posição, que externou anteriormente, de que a União Europeia está contribuindo para a guerra na Ucrânia.

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Ainda sobre o tema, o petista voltou a dizer que o Brasil "condena" a violação à integridade territorial da Ucrânia promovida pela Rússia e defendeu uma solução "política e negociada" para a guerra no leste europeu.

"O meu governo condena a violação à integridade territorial da Ucrânia. Defendemos uma solução política e negociada para o conflito. Precisamos criar um grupo de países que se sentem a mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz", afirmou.

O presidente brasileiro disse, no entanto, que no momento nem Rússia, nem Ucrânia querem parar a guerra. "É melhor encontrar uma saída em uma mesa do que continuar tentando encontrar uma saída no campo de batalha", declarou.

"A guerra não constrói absolutamente nada. A guerra só destrói. E eu não acho correto as pessoas ficarem em guerra", emendou Lula.

O petista disse que não vai visitar a Rússia e nem a Ucrânia enquanto não houver um clima de construção de paz. E afirmou que nunca igualou os dois países.

Mas, em declarações recentes, o petista disse que tanto Rússia quanto Ucrânia têm culpa pela guerra.

"Todos nós achamos que a Rússia errou. E já condenamos em todas as decisões da ONU. Mas a guerra já começou e é preciso parar a guerra. E para parar a guerra tem que ter alguém que converse e o Brasil está disposto", disse neste sábado.

 

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