BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que vai pedir a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) na Comissão de Segurança da Câmara Federal, após Dino ter ido sem escoltas à favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, que fica situada no Rio de Janeiro.
O deputado fez insinuações e questionou o fato de Dino ter conseguido livre acesso na favela, sem qualquer proteção policial. Ele publicou um vídeo do ministro entrando na comunidade, com auxiliares e duas viaturas oficiais. Nas imagens não é possível ver se seguranças acompanham Dino.
O ministro compareceu à favela para ouvir lideranças da região e recebeu um documento com uma série de demandas da comunidade para aprimorar a segurança pública. No evento, também foi lançada uma publicação com dados do ano passado sobre os impactos da violência armada no Complexo da Maré.
“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas dois carros e sem trocar tiros. Vamos convocá-lo na Comissão de Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo”, disse.
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E completou: “Bem como o que ele foi discutir lá: desarmamento? Recadastramento? Assassinato de policiais? Apreensão de drogas? Ou agradecer o crime por não permitir propaganda de Bolsonaro nestas áreas durante as eleições?”, pontuou.
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As insinuações do parlamentar são graves.
Outro lado
Após a publicação de Eduardo Bolsonaro ganhar forte repercussão, Flávio Dino reagiu em rede social.
“Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos. Foto da reunião que atacam”, escreveu, ao publicar uma foto ao lado de moradores do Complexo da Maré e de membros do projeto social visitado por ele.
Em material institucional publicado no site do Ministério da Justiça, Flávio Dino comentou a sua visita à favela.
“Só é possível planejar e executar ações boas e corretas ouvindo as pessoas certas. Nós acreditamos que esse boletim é um elemento importante, uma espécie de mapa do caminho que vai nos ajudar a combater a violência no Brasil e implantar uma cultura plena da paz”, disse.
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