Na Cãmara

Deputados recolhem assinaturas e protocolam pedido de criação da CPI das Americanas

Na justificativa para o protocolo, os parlamentares lembraram de uma inconsistência contábil de mais de R$ 20 bilhões nos balanços financeiros das Lojas Americanas.

Ipolítica com informações do g1

Deputados protocolam pedido de criação da CPI das Americanas (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

BRASÍLIA- Deputados recolheram 216 assinaturas e protocolaram nesta quinta-feira (9) o pedido de criação da CPI das Americanas, o mínimo necessário, pelo regimento, são 171 assinaturas. Ao contrário do Senado, na Câmara os deputados não podem mais retirar assinaturas a partir do momento em que o requerimento é protocolado. 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agora irá analisar se há fato determinado para a instalação da CPI. Se achar que sim, Lira terá de fazer um despacho determinando a instalação e determinar a indicação dos membros pelos líderes.

Esse é o primeiro pedido de abertura de CPI da atual legislatura. Paralelamente, deputados também tentam alcançar assinaturas suficientes para abrir uma comissão para investigar ocupações do Movimento dos Sem Terra (MST) e outra, em conjunto com o Senado, para investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Entre os signatários, estão nove deputados do PT, inclusive o líder do governo na Casa, José Guimarães (CE). O pedido também é assinado por outros deputados aliados do Planalto, como Guilherme Boulos (PSOL-SP), além de deputados da oposição, como Carlos Jordy (PL-RJ).

Na justificativa para o protocolo, os deputados lembraram de uma inconsistência contábil de mais de R$ 20 bilhões nos balanços financeiros das Lojas Americanas.“As ações da empresa derreteram e muitos investidores amarguraram enormes prejuízos. Ora, 20 bilhões não são 20 mil reais, sendo este montante superior, inclusive, ao valor de mercado da Companhia”, diz o documento.

Os parlamentares argumentam ainda que as fraude em balanços de empresas de capital aberto, como as Americanas, tem enorme potencial lesivo” e podem prejudicar pessoas físicas e jurídicas.

 


 

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