Covid-19

Com Lula entre vacinados, Governo Federal lança o Movimento Nacional pela Vacinação

Presidente tomou a quinta dose contra a Covid e fez um apelo para a população: 'Pelo amor de Deus, não sejam irresponsáveis'.

Ipolítica, com informações do Planalto

Atualizada em 27/02/2023 às 20h15
Lula tomou dose de vacina aplicada por Alckmin (Reprodução/Twitter/@planalto)

BRASÍLIA - O governo federal lançou nesta segunda-feira (27), por meio do Ministério da Saúde, o Movimento Nacional pela Vacinação com o propósito de retomar as altas coberturas vacinais do Brasil. Com a mensagem "Vacina é vida. Vacina é para todos", a mobilização inclui vacinação contra a Covid-19 e outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas. A ação é uma das prioridades do governo brasileiro para a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país.

No Distrito Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou pessoalmente de um evento alusivo à campanha na cidade do Guará. Na ocasião, ele foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, que é médico, com a quinta dose contra a Covid-19.

“Não sejam irresponsáveis, vão lá tomar vacina, porque a vacina é a única garantia que você tem de não morrer por falta de responsabilidade, a vacina é uma garantia de vida. Por isso, hoje eu tomei minha quinta vacina", declarou o presidente após tomar a dose.

O petista também fez um apelo para a população se vacinar e disse que esse é um gesto para as pessoas não morrerem por "falta de responsabilidade". "Daqui para frente, a hora que vocês lerem um aviso, virem na televisão um aviso, uma propaganda no rádio ou na internet que está dando vacina no bairro de vocês, na vila de vocês, na cidade de vocês, pelo amor de Deus, não sejam irresponsáveis. Se tiver vacina, vá lá tomar a vacina, porque a vacina é a única garantia que você tem de não morrer por falta de responsabilidade. A vacina é uma garantia de vida", completou.

"Vamos trabalhar para que o Brasil volte a ter números satisfatórios de imunização e investir em saúde e proteção", destacou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os índices vacinais sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e campanhas do governo passado. Considerado um país pioneiro e uma referência internacional em campanhas de vacinação, o Brasil vem apresentando retrocessos nesse campo e praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. "Em 2015, o Brasil atingiu uma média de 95% de pessoas completamente imunizadas dentro do público-alvo de cada vacina do Programa de Imunizações, média que chegou a preocupantes 60,8% em 2021", acrescentou Lula. "Depois de um triste período de negacionismo e descrença na nossa ciência, o governo federal e o Ministério da Saúde voltarão a cuidar do povo brasileiro".

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Em uma primeira etapa, que começa em todo Brasil nesta segunda, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo e o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 19 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todos os estados e Distrito Federal.

Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados — como as pessoas entre 60 e 69 anos, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas, as pessoas com deficiência permanente e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.

O Ministério da Saúde segue em tratativas para garantir as entregas de vacinas dos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento deixado pela gestão passada. Novos envios de doses ocorrerão gradualmente, conforme o avanço da vacinação no público-alvo planejado. Os estados e municípios que completaram a imunização de determinado público prioritário e tiverem disponibilidade de doses, poderão avançar na vacinação para os próximos grupos.

Calendário - Na segunda etapa, prevista a partir de março, o reforço da vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes. Em abril, começa a terceira etapa com campanha da Influenza e, a partir de maio, a quarta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas de todo país.

Para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal em todos os grupos, o Ministério da Saúde está reconstruindo a relação plena com as sociedades científicas e o diálogo com estados e municípios, em uma lógica interfederativa na tomada de decisões. Para todas as estratégias de vacinação propostas, o comprometimento e a união da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. O objetivo é informar a população sobre a importância, eficácia e segurança das vacinas e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas, além da reintrodução de vírus já erradicados no Brasil.

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