CRISE YANOMAMI

Governador de Roraima defende ajudar garimpeiros que deixarem Terra Yanomami

Antonio Denarium apontou que cerca de 50 mil pessoas vivem da atividade no estado e sugeriu a criação de programas sociais para auxiliar os que deixarem a região.

Ipolitica com informações do g1

Atualizada em 07/02/2023 às 13h55
Governador de Roraima defende ajudar garimpeiros que deixarem Terra Yanomami (Valter Campanato/ Agência Brasil)

BRASÍLIA- O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), sugeriu a criação de programas sociais para garimpeiros que deixarem a Terra Indígena Yanomami no estado. A proposta foi apresentada em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (7). 

Durante as últimas semanas mais de mil indígenas foram resgatados das Terras Yanomami em estado grave de saúde por equipes do governo federal. Para as autoridades o garimpo ilegal tem sido a principal causa da crise sanitária. "Temos que criar mecanismos para que [os garimpeiros] possam sair. Uma das ações é o desbloqueio do espaço aéreo. Criar novas áreas de mineração em cooperativa de garimpeiros, fora de área de indígena, lógico", afirmou Denarium em entrevista após a audiência.

Segundo Denarium, cerca de 90 mil indígenas vivem em Roraima e aproximadamente 50 mil pessoas vivem da atividade garimpeira no estado. "Criar também programas sociais que possam atender essas pessoas, quando saírem da área que estão trabalhando. Uma série de ações que são propostas para solucionar o problema dos garimpeiros em áreas indígenas", completou o governador.

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Após o encontro com Pacheco, o governador disse que será formada uma comissão externa de senadores para visitar o estado e elaborar propostas para efetivar a saída de garimpeiros ilegais da Terra Indígena Yanomami. Denarium também quer que o colegiado acompanhe as atividades da Polícia Federal e do Ministério Público na região.

O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados desnutrição grave e malária. A situação precária dos indígenas levou o STF a abrir apuração para verificar o possível cometimento de crime de genocídio por parte de autoridades do governo Jair Bolsonaro.


 

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