Covaxin

PF faz operação contra a Precisa Medicamentos

Empresa fez a intermediação entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde para a compra da vacina. Após denúncias de irregularidades na CPI da Covid, contrato de R$ 1,6 bilhão foi cancelado.

G1

Atualizada em 26/03/2022 às 19h17
Precisa tentou intermediar a venda de 20 milhões de doses da Covaxin ao Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/Instagram/Bharat Biotech)

BRASÍLIA - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) uma operação para buscar documentos apresentados pela empresa Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde no processo da compra da vacina Covaxin.

A Precisa foi alvo da CPI da Covid, por ter intermediado a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin com o Ministério da Saúde, em contrato de R$ 1,6 bilhão com suspeita de pedido de propina, entre outras denúncias de irregularidades.

A operação desta quinta tem 11 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos nas cidades de Brasília, São Paulo e Campinas.

Participam 50 agentes da Polícia Federal e 8 servidores da Controladoria-Geral da União.

A operação foi autorizada pela 12ª Vara Criminal do Distrito Federal.

Em nota, a defesa da Precisa disse que a empresa está colaborando com as investigações, já apresentou todos os documentos pedidos e vai comprovar "a lisura de todas as ações" (veja a íntegra no fim desta reportagem).

Entre as pessoas alvos dos mandados estão:
Francisco Maximiano: dono da Precisa
Emanuela Medrades: diretora da Precisa
Marcos Tolentino: advogado, suspeito pela CPI de ser sócio oculto da Precisa

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Entre as empresas alvos estão:
Precisa Medicamentos
FIB Bank: instituição que, apesar do nome, não é banco. Emitiu a carta fiança que seria usada pela Precisa na compra da Covaxin

Documentos falsos - Em nota, a CGU explicou que as investigações sobre a Covaxin começaram a partir de denúncias de irregularidades publicadas na imprensa.

A CGU informou ainda que, nas apurações, foi descoberto que a Precisa apresentou documentos falsos ao Ministério da Saúde e à própria CGU.

Também foi constatada irregularidade em um cara fiança apresentada pela Precisa. A empresa que emitiu o documento não tem autorização do Banco Central para esse tipo de atividade.

A CGU viu ainda indícios de fraudes em assinaturas e documentos da Precisa.

Nos cálculos da CGU, as cartas de fiança irregulares apresentar para a Saúde e outros órgãos públicos podem chegar a mais de R$ 500 milhões

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