Lira: Bolsonaro precisará pagar se declaração sobre vacina e aids não tiver base científica
Presidente da Câmara dos Deputados comentou sobre as declarações do presidente da República, que, em live, disse que as pessoas que tomaram a vacina contra a Covid-19 estão desenvolvendo aids
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro precisará "pagar" se a declaração relacionando vacinas contra covid-19 com aids não tiver base científica, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) nesta segunda-feira, 25. "Se não tiver nenhuma base científica para isso, ele vai pagar pela declaração Espero que não tenha", disse Lira em evento do setor sucroalcooleiro. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na semana passada, Bolsonaro relacionou falsamente as vacinas com o desenvolvimento de HIV, o vírus da aids.
Após a declaração, o Facebook decidiu, pela primeira vez, excluir uma transmissão ao vivo de Bolsonaro da sua plataforma. Lira disse que esse é "mais um motivo para acelerar na Câmara o grupo que trata de gestão dos meios eletrônicos com relação a fake news". O presidente da Câmara disse que teve reunião na semana passada com o relator do projeto de lei das fake news, Orlando Silva (PCdoB-SP), e que voltará a tratar do assunto brevemente.
A intenção, segundo Lira, é ver se o texto está a contento e votá-lo, para de obter "um regramento principalmente nas bases de veículos de comunicação como Facebook, Instagram, Twitter, e todos os meios necessários para a contenção de matérias como essa".
Nesta segunda-feira, mais cedo, Bolsonaro responsabilizou a imprensa pela mentira que divulgou, mas não retificou suas declarações.
STF
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O PSOL protocolou, nesta segunda-feira, 25, uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por fazer uma falsa relação entre vacinas contra covid-19 e desenvolvimento de aids. O documento diz que o chefe do Executivo brasileiro, com acusações sem amparo de medidas científicas, coloca cada vez mais a população brasileira em risco.
"Todos esses fatos trazidos à baila deixam claro que há em curso um amplo e sistemático modelo de disseminação de fake news que, aliado ao recrudescimento autoritário, tem graves consequências para a democracia brasileira e que coloca em risco a vida da população", afirma a notícia-crime.
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