Combustíveis

Brasil corre risco de desabastecimento de combustíveis, afirma Petrobras

Segundo a Petrobras, ela não atenderá toda a demanda de combustíveis em novembro.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
Em comunicado, a Petrobras afirmou que recebeu uma “demanda atípica” de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês. (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

BRASIL - A Petrobras confirmou que não poderá atender a todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, acendendo um alerta para as distribuidoras, que apontaram para o risco de desabastecimento no Brasil.

Em comunicado, a Petrobras afirmou que recebeu uma “demanda atípica” de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e da sua capacidade de produção e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los.

A confirmação da estatal veio após a Brasilcom (Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Bicombustíveis) ter afirmado na semana passada que a petroleira avisou diversas associadas sobre “uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel” para novembro. A Brasilcom representa mais de 40 distribuidoras regionais.

Para a federação, “as reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o País em situação de potencial desabastecimento”.

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Ainda segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional “estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

A Petrobras e o governo federal vêm sofrendo pressões de diversos segmentos da sociedade devido a um avanço expressivo dos preços dos combustíveis no país neste ano, que têm refletido cotações internacionais.

O Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para abastecer o país e depende de importações. A Petrobras, nos últimos anos, vem buscando praticar preços de mercado, para garantir que as compras externas não tragam prejuízos.

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