SÃO PAULO - O aumento na inflação dos Estados Unidos provocou impactos no mercado financeiro em todo o planeta nesta quarta-feira (12). O dólar reverteu a queda dos últimos dias e voltou a ficar acima de R$ 5,30, e a bolsa de valores retornou aos 119 mil pontos e teve o pior desempenho diário desde março.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,306, com alta de R$ 0,083 (+1,58%). A moeda norte-americana chegou a operar em queda durante a maior parte da manhã, mas reverteu o movimento por volta das 12h, quando foi divulgada a inflação norte-americana em abril. Apesar da alta de hoje, a divisa acumula queda de 2,33% em maio e valorização de 2,25% em 2021.
A tensão no câmbio também repetiu-se no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.710 pontos, com recuo de 2,65%. O indicador, que ontem tinha encostado em 123 mil pontos, teve a maior queda para um dia desde 8 de março.
A bolsa foi influenciada por Wall Street, onde os principais índices encerraram em forte queda. O Dow Jones, das empresas industriais, caiu 1,99%; o Nasdaq, das empresas de tecnologia, recuou 2,67%; e o S&P 500, das 500 maiores empresas, perdeu 2,15% hoje.
A inflação norte-americana em abril somou 0,8%, o maior resultado para o mês em 12 anos. O número veio acima das expectativas do mercado, que previa, em média, inflação de 0,2%.
Apesar de o nível de emprego nos Estados Unidos estar reagindo menos que o esperado, o repique da inflação aumentou as apostas de que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) começará a reajustar os juros básicos da maior economia do planeta antes de dezembro de 2022. Desde o ano passado, a taxa está numa faixa entre 0% e 0,25% ao ano, por causa do impacto econômico provocado pela pandemia de covid-19.
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