Alerta!

Estudo identifica circulação de nova linhagem do vírus da zika no Brasil

Segundo cientistas, como essa nova linhagem do zika nunca havia circulado no país, maior parte da população não tem anticorpos para combatê-la.

Imirante.com, com informações do Cidacs

Atualizada em 27/03/2022 às 11h07
O tipo africano do zika tem potencial de dar origem a uma nova epidemia. ( Foto: Divulgação)

BRASIL - Pesquisadores do Centro de Integração de dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) descobriram que uma nova linhagem do vírus zika está circulando pelo Brasil, e com isso a possibilidade de uma epidemia ganhou mais força. A descoberta foi publicada no início de junho no Journal of Infectious Diseases e serve como alerta para a vigilância da doença.

Os cientistas detectaram, por meio de uma feramenta que monitora as sequências genéticas do vírus, um tipo africano do zika que tem potencial de dar origem a uma nova epidemia.

Segundo o pesquisador da Plataforma de Bioinformática do Cidacs, Artur Queiroz, um dos líderes do estudo, a ferramenta desenvolvida pelo grupo analisa sequências disponíveis em banco de dados públicos e permite identificar as linhagens de zika presentes em bases de dados do National Center for Biotechnology Information (NCBI – Centro Nacional de Informação Biotecnológica, em tradução livre).

“Pegamos esses dados e analisamos, selecionamos as sequências do brasil e mostramos a frequência desses tipos virais ano a ano. O principal achado é que vemos uma variação de subtipos e linhagens durante os anos, sendo que em 2019 há o aparecimento, mesmo que pequeno, de uma linhagem que até então não era descrita circulando no país”, disse Arthur Quieroz.

Continua após a publicidade..

Ministério da Saúde

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, foram notificados 3.692 casos prováveis do vírus da zika - número muito inferior aos 47.105 casos de chikungunya e aos 823.738 de dengue. Segundo os cientistas, essa situação pode mudar caso uma nova linhagem genética comece circular na população.

“Atualmente, com as atenções voltadas para a Covid-19, este estudo serve de alerta para não esquecermos outras doenças, em especial Zika. A circulação do vírus no país, bem como a realização de estudos genéticos devem continuar sendo realizados a fim de evitar um novo surto da doença com o novo genótipo circulante”, reforça Larissa Catharina Costa, uma das autoras do estudo.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.