EM MINAS GERAIS

"Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil?", questiona procurador de Minas Gerais

Leonardo Azeredo dos Santos, um dos procuradores do Ministério Público de Minas Gerais disse que já precisou cortar gastos para poder viver.

IMIRANTE.COM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11
Sede do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG). (REPRODUÇÃO)

MINAS GERAIS - Um procurador do Estado de Minas Gerais foi pauta de grandes veículos de comunicação do país e das redes sociais hoje (10) ao reclamar do salário que recebe mensalmente. Segundo ele, foi preciso reduzir alguns gastos “para poder viver com R$ 24 mil”. Seu discurso, em tom de descontentamento, foi divulgado no site da instituição em que ele fez o pronunciamento.

O protagonista do discurso é Leonardo Azeredo dos Santos, um dos procuradores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e, para se ter ideia, ele ganha 24 vezes mais que milhões de brasileiros, ao sacarem, mensalmente, não mais que R$ 998 – o salário-mínimo vigente. Em julho, ele chegou a receber R$ 35.462,22 (bruto).

O discurso do procurador foi proferido no último dia 12 de agosto, durante uma sessão na Câmara de Procuradores do MPMG. Na ocasião, Leonardo Azeredo dos Santos indagava o procurador-geral da Justiça de Minas Gerais, Antônio Sérgio Tonet, sobre soluções para viver com o salário, considerado, por ele, baixo.

“Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que é que de fato vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos? Eu não sei se vou receber a mais, se vai ter algum recálculo dos atrasados que possa me salva, salvar a minha pele. Eu, de qualquer forma, já estou baixando meu padrão de vida bruscamente, mas eu vou sobreviver”, disse.

Em outro momento, o procurador torna a se queixar e dispara, sem modéstia, que “não tem origem humilde” e não “está acostumado com tanta limitação”. Por fim, disse que sua manifestação é válida na tentativa de mudar a situação em que os procuradores do estado estão vivendo, e que não poderia agir ao contrário.

“Vamos baixar mais a crista? Vamos virar pedinte quase? Alguém vai chegar e dizer ‘ora, exagero seu, você não sabe o que é um pedinte’. Mas será que estou pedindo muito, para o cargo que eu ocupo? Será que o meu cargo não merece ter uma remuneração que eu possa pagar o colégio dos meus filhos, por exemplo?”, finaliza.

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