Eleições 2018

Haddad recebe ato de apoio e defende reformas bancária e tributária

“O Nordeste continua colhendo os frutos da política que nós adotamos”, comentou o candidato.

Pedro Rafael Vilela / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
Fernando Haddad, durante entrevista coletiva após encontro com dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

BRASÍLIA - Em entrevista para âncoras de 90 rádios nordestinas, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, defendeu hoje (11) as reformas nos sistema tributário e bancário brasileiro. Segundo ele, é necessário taxar os bancos, que cobram juros altos, regulamentando e reformulando o sistema. “Sem reforma bancária e sem reforma tributária, a economia não vai reagir", disse ele em Brasília.

Para Haddad, a reforma tributária deve prever aumento de impostos a grandes fortunas e zerar os impostos para quem ganha até cinco mínimos. “Com isso o poder de compra vai aumentar, isso vai aquecer a economia que é o caminho para arrecadar mais”. Segundo ele, os “milionários” é que devem pagar mais tributos.

Ao deixar o local da entrevista, na região central de Brasília, o candidato foi cercado por algumas dezenas de simpatizantes e apoiadores. Ele recebeu abraços e tapas nas costas, ouviu palavras com desejos de sorte e estímulo para a campanha neste segundo turno. O ato de apoio incluiu cânticos e referências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Corrupção

Na entrevista, Haddad disse que, uma vez eleito, vai apoiar o Judiciário, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal no combate à corrupção. De acordo com ele, serão investidos mais recursos em um sistema associado ao aperfeiçoamento de gestão e tecnologia de ponta: “Temos que fazer uma gestão muito mais integrada com estados e municípios do que agora"

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Programas sociais

Em um futuro governo, Haddad afirmou que construirá mais 2 milhões de unidades do programa Minha casa, Minha vida. Ele pretende, no entanto, construir as casas mais próximas dos centros urbanos: “Nós vamos construir casas mais próximas da cidade, para isso nós vamos usar os terrenos da união em todas as capitais brasileiras.”

Haddad disse que, uma vez eleito, vai utilizar 10% das reservas cambiais em projetos de energia solar e eólica no Nordeste. Segundo ele, o governo Lula acumulou cerca de US$ 400 bilhões em reservas cambiais.

“Nós vamos usar 10% para energia eólica e solar no Nordeste para gerar energia a custo baixo. Vai ser o maior programa de geração eólica e solar da história do país", afirmou o candidato, reiterando que até o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o “Nordeste era uma área esquecida”. “O Nordeste continua colhendo os frutos da política que nós adotamos”, disse.

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