Escola em Goiânia

Jovem que atirou em alunos aguarda decisão para ser transferido

Em nota, a assessoria do tribunal se limitou a informar à imprensa que o Juizado da Infância ainda não designou a data da audiência.

Imirante.com, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
Um jovem, na última sexta-feira (20), disparou contra outros alunos de uma escola particular de Goiânia (GO). ( Foto: Divulgação)

GOIÂNIA - O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou, nesta segunda-feira (23), que a audiência de apresentação à Vara da Infância e Juventude do adolescente que, na última sexta-feira (20), disparou contra outros alunos de uma escola particular de Goiânia (GO), matando dois estudantes e ferindo quatro, não acontecerá nesta segunda-feira (23), conforme inicialmente anunciado.

Em nota, a assessoria do tribunal se limitou a informar à imprensa que o Juizado da Infância ainda não designou a data da audiência e que, por razões legais, não fornecerá novos detalhes sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.

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Até a realização da audiência, o adolescente de 14 anos deve permanecer na cela da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais onde está apreendido desde a sexta-feira. Na noite de sábado (21), a juíza Maria Cezar Moreno Senhorelo – que não responde pela Vara da Infância e Juventude, mas estava de plantão – acatou a recomendação do Ministério Público estadual e determinou a internação provisória do adolescente por 45 dias.

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Pela decisão da juíza, o garoto deveria ser transferido para o Centro de Internação Provisória (CIP) da capital goiana, onde aguardaria o julgamento do caso pelo Juizado da Infância e Juventude, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ontem (22), no entanto, a mesma juíza acatou o pedido da defesa do autor dos disparos e determinou que o adolescente permaneça na cela de uma delegacia até ser apresentado ao Juizado da Infância e Juventude. Segundo a advogada que defende o estudante, o centro de internação não é seguro para o adolescente, uma vez que seus pais são policiais militares e seu pai já atuou no sistema prisional. O MP também solicitou que o adolescente seja colocado em separado dos demais internos.

Em depoimento ao MP e à Polícia Civil, o jovem afirmou ter premeditado o crime, tendo, inclusive, pesquisado por seis meses, na internet, sobre armas e ataques em escolas, como os ocorridos em um colégio de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011.

Depoimentos

A Polícia Civil retomou hoje os depoimentos sobre o caso. Durante a manhã, o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, ouviu o pai do adolescente autor dos disparos. Também serão ouvidos os pais das vítimas do ataque, além da coordenadora do colégio, Simone Maulaz Elteto, e outras testemunhas, como os primeiros policiais militares que chegaram ao local da ocorrência.

Foi a coordenadora escolar quem conseguiu acalmar o jovem, convencendo-o a parar de atirar contra os estudantes.

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