RIO DE JANEIRO - Técnicos da Vigilância Sanitária municipal do Rio iniciaram neste sábado (18) a coleta de amostras de carnes e derivados em grandes supermercados da cidade, com o objetivo de verificar as condições dos produtos comercializados. A ação é uma consequência direta da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal para investigar adulteração e venda de carne estragada.
Neste sábado, uma equipe da Vigilância Sanitária recolheu amostras em dois supermercados da zona sul. Foram coletadas amostras de carne embalada a vácuo, resfriada e de carne moída, resfriada e embalada, ambas da empresa JBS, um dos alvos da operação da Polícia Federal.
No decorrer da próxima semana, a força-tarefa dos agentes da Vigilância Sanitária pretende recolher amostras de embutidos e empanados de frango (nuggets). Todos os produtos recolhidos serão encaminhados para análises do Laboratório de Controle de Produtos do órgão municipal.
“O nosso foco não são os estabelecimentos em si. Nós estamos coletando os produtos de carne industrializados, mas durante a operação também verificamos as condições de armazenamento, de exposição, temperatura, higiene e integridade da embalagem”, explicou a coordenadora técnica de alimentos da Vigilância Sanitária, Aline Borges, que esteve à frente da ação.
“A princípio estamos focando nos grandes supermercados porque neles encontramos esses produtos com maior facilidade”, acrescentou.
Serão feitas análises microbiológicas, para verificar a contaminação por micro-organismos, como a salmonela; de rotulagem, para verificar a composição do produto, e de microscopia, para detectar corpos estranhos no alimento. Também serão feitos exames sensorial, que verifica cor, textura e odor, e físico-químico, que aponta se há deterioração e alteração na cor.
“Eu acredito que em torno de sete a dez dias teremos uma prévia”, estimou Aline Borges.
Ela informou que se o resultado dos exames for insatisfatório, a Vigilância Sanitária partirá para o recolhimento de todo o lote do produto no município do Rio. “Nesse caso, outras vigilâncias municipais serão acionadas, e também vamos entrar em contato direto com a Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária, que é responsável por fiscalizar as indústrias”, disse.
A técnica da Vigilância Sanitária municipal ressaltou a importância de o consumidor verificar sempre se o produto de origem animal tem registro junto a um órgão de agricultura – secretaria ou ministério, além de checar a rotulagem, o prazo de validade, a integridade da embalagem e a higiene do local onde o produto está exposto.
“Caso chegue em casa e constate, ao abrir a embalagem, alteração de odor ou coloração, deve entrar em contato com a Vigilância Sanitária, através do telefone 1746”, orientou.
Saiba Mais
- Justiça impede investigados da BRF de frequentar frigoríficos
- Ministério adota medidas para retomar vendas de carne aos EUA
- Governo americano suspende todas as importações de carne fresca do Brasil
- Justiça aceita denúncia contra 59 investigados na Operação Carne Fraca
- Ministério encontra bactérias em oito amostras de frigoríficos
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Notícias