BRASÍLIA - Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o presidente Michel Temer explicou por que utilizou a palavra acidente para classificar o massacre que deixou 56 mortos no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), na capital amazonense.
"Sinônimos da palavra 'acidente': tragédia, perda, desastre, desgraça, fatalidade", escreveu, referindo-se à própria declaração feita pela manhã de hoje (5), ao abrir a reunião do Núcleo Institucional do governo que discutiu o sistema carcerário brasileiro.
Durante a reunião, o presidente anunciou que será construído um presídio novo em cada um dos 26 estados e no Distrito Federal. Só na construção de cinco presídios federais o governo vai investir R$ 200 milhões, além de outros R$ 150 milhões para instalar bloqueadores de celular em pelo menos 30% das penitenciárias brasileiras.
Em entrevista após o encontro, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que o novo Plano Nacional de Segurança contemplará, no quesito carcerário, três objetivos: reduzir homicídios dolosos e feminicídios, promover o combate integrado à criminalidade transnacional – tráfico de drogas e de armamento pesado – e a racionalização e a modernização do sistema penitenciário.
Além dos 56 presos que foram assassinados durante o motim no Compaj, outros quatro detentos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. As rebeliões tiveram como consequência a fuga de 184 presos. Nesta quinta-feira (5), a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas informou que 65 deles foram recapturados.
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