BRASÍLIA - Os professores em greve das Instituições Federais de Ensino (IFE) aprovaram a saída unificada da greve nacional entre 13 e 16 de outubro, segundo comunicado divulgado hoje (9) pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Os professores estão em greve desde o dia 28 de maio.
Segundo o sindicato, a greve, que já ultrapassou os 131 dias, é a mais longa da história das instituições. A decisão pelo fim da greve foi aprovada por ampla maioria dos professores durante as assembleias nas bases entre 6 e 8 de outubro. De acordo com balanço da entidade, a paralisação atingia a 33 instituições federais, entre universidades e institutos federais.
Apesar de aprovar o fim da paralisação, os professores decidiram pela rejeição da proposta da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de restruturação das tabelas salariais com o índice de reajuste de 10,8%, parcelado em dois anos: 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017.
"Embora não tenhamos chegado a um acordo com o governo, as negociações continuam", diz o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo. "Para que a gente pudesse reverter a intransigência do governo teríamos que estar com um movimento mais forte, com outros setores mobilizados, só a greve dos professores não faria [o governo] recuar".
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As aulas serão retomadas nas instituições em datas diferentes, no período de 13 a 16 deste mês e, de acordo com Rizzo, o tempo parado será reposto. "No nosso entendimento, a greve foi necessária porque estávamos em um contexto de corte no Orçamento com o governo sem apresentar nenhuma proposta aos servidores. Houve ao longo da greve avanços. O governo recuou, por exemplo no reajuste definido para quatro anos e propôs agora em dois", diz.
Esta semana, os trabalhadores técnico-administrativos, que entraram em greve junto com os docentes, também encerraram a greve. O Comando Nacional de Greve da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) em reunião na tarde de terça-feira (6) com representantes do governo federal, oficializou termo de acordo referente às negociações feitas no período de greve. Também foi assinado o Termo de Acordo de reposição de trabalho.
Para a federação, de acordo com publicação na página da entidade, o termo de acordo ainda está aquém do que poderia ser feito em reconhecimento aos trabalhadores técnico-administrativos, mas é o resultado da luta e intervenção da categoria.
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