Justiça

CPI deve ouvir presos da Lava Jato na primeira quinzena de maio

Segundo ele, na próxima semana, o juiz ouvirá alguns presos.

Carolina Gonçalves/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras deve ouvir os presos da Operação Lava Jato ainda na primeira quinzena de maio. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (24) pelo vice-presidente da comissão, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

O parlamentar e integrantes da CPI estiveram reunidos na manhã desta sexta, em Curitiba com o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato.

“Ele [Sérgio Moro] nos apresentou o calendário de trabalho. Não podemos marcar depoimentos na CPI nas mesmas datas. Na próxima semana, vamos definir o cronograma com o presidente da comissão”, explicou Imbassahy.

Segundo ele, na próxima semana, o juiz ouvirá alguns presos. Os depoimentos irão até o dia 11 de maio. Por isso, ele pediu que os parlamentares não marcassem os mesmos depoimentos em datas agendadas por ele.

Imbassahy acredita que os depoimentos os presos podem começar no dia 4 de maio, mas destacou que tudo será negociado na comissão. Integrantes da CPI já haviam concordado que ouviriam, em apenas uma visita ao Paraná, 19 das pessoas investigadas, entre elas o doleiro Alberto Youssef e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

Para Imbassahy, isso deve manter a comissão fora de Brasília por quase uma semana de trabalho. Como está previsto para o dia 5 de maio, na Câmara dos Deputados, o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, alguns deputados da comissão querem que a agenda em Curitiba comece apenas no dia 11.

“O juiz fez essa recomendação. As informações que ele receber serão disponibilizadas para a CPI, o que nos ajudará a fazer as perguntas corretas”, informou Leo de Brito (PT-AC), que também participou do encontro.

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Imbassahy e Brito compuseram a comitiva de 13 deputados da CPI da Petrobras que foi à capital paranaense. Além das negociações em torno dos depoimentos, o grupo solicitou informações já reunidas pela Justiça para colaborar com os trabalhos da comissão.

“Até pelo tempo, o trabalho da Justiça Federal, da Polícia Federal e do Ministério Público está bem avançado. A CPI quer acesso ao máximo possível”, explicou Brito.

A comitiva, que considerou o encontro “exitoso”, deixou Curitiba com a promessa de que todas as informações serão disponibilizadas. Brito informou que os dados serão informatizados e que um integrante da CPI foi designado para monitorar o que for liberado pela justiça.

Inicialmente, os parlamentares só não terão acesso a dados sigilosos de apurações em andamento, mas há a promessa de que o juiz Sérgio Moro repassará tudo à medida que os processos forem concluídos.

A comitiva da CPI também contou com a participação de Ivan Valente (PSOL-SP), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Júlio Delgado (PSB-MG), Celso Pansera (PMDB-RJ), Delegado Waldir (PSDB-GO), Aluisio Mendes (PSDC-MA), Kaio Maniçoba (PHS-PE), Fernando Monteiro (PP-PE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Eliziane Gama (PPS-MA).

O presidente e o relator da comissão, deputados Hugo Motta (PMDB-PB) e Luiz Sérgio (PT-RJ), não integraram o grupo, mas devem participar, na segunda-feira (27), da visita à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Na sede da estatal, a CPI buscará informações sobre detalhes do balanço divulgado pela empresa nesta semana e sobre empreendimentos em andamento.

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