RIO DE JANEIRO - O juiz da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Murilo Kieling, ouve na tarde desta segunda-feira (5) testemunhas do caso Santiago Andrade. Faltam os depoimentos de 13 testemunhas, sendo quatro de acusação e nove de defesa.
Santiago era cinegrafista da TV Bandeirantes e foi atingido por um rojão, quando fazia reportagem sobre uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, perto da Central do Brasil, no dia 6 de fevereiro. Ele morreu quatro dias depois.
Os acusados são Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, que respondem pelos crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e uso de explosivo.
Os advogados de defesa vão pedir o trancamento do processo, com a alegação de que a acusação de homicídio doloso triplamente qualificado é excessiva. Wallace Martins sustenta que o crime foi homicídio culposo ou de explosão, casos em que o julgamento não compete ao Tribunal do Júri.
A primeira audiência de instrução e julgamento ocorreu no dia 25 de abril, quando foram ouvidos o delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, responsável pela apuração do inquérito, o delegado Fábio Pacífico Marques, na época assistente de Almeida e o primeiro-tenente do Batalhão de Choque da Polícia Militar Luiz Alexandre de Oliveira Martins, que levou Santiago para o hospital. Por último, foi ouvido Carlos Henrique Omena da Silva, que trabalhava com Caio Silva na época, e disse ter recebido um telefonema do acusado logo após o incidente.
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