SÃO LUÍS - Com a presença de pesquisadores de importantes instituições de pesquisas nacionais e do Banco Mundial, as secretarias de Estado de Minas e Energia (Seme) e a de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Sectec) promovem, nesta sexta-feira (26), 8h30 até 18h, no Hotel Grand São Luís, o workshop “Exploração das energias do Mar - usina piloto do estuário do Bacanga”.
O principal objetivo é obter uma solução técnica para o aproveitamento da Barragem do Bacanga para a geração de eletricidade usando a diferença de mares. “Esta seria a primeira usina deste tipo na América Latina, convertendo-se em referência como unidade piloto de energias renováveis usando a força das marés”, explicou o pesquisador e subsecretário da Seme, Francisco Peres Soares.
A reunião, de caráter científico, terá a presença de profissionais e estudantes da área de engenharia e agentes governamentais. Tem o patrocínio da empresa Progen, contratada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) para realizar o Projeto Executivo de Recuperação da Barragem do Bacanga. Recebe apoio da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), entre outras instituições e empresas.
Agentes do setor público e privado vão discutir a Bacia do Bacanga, localizada na Ilha de São Luís do Maranhão, e seu potencial energético. A meta é elaborar, de forma harmoniosa, proposta de exploração da energia maremotriz disponível na Barragem, considerando as múltiplas utilidades do Lago do Bacanga e as questões ambientais.
Francisco Soares explicou que a geração de energia por meio da amplitude de marés corresponde à única forma de extração da energia oceânica que já apresenta tecnologias suficientemente maduras para a sua utilização em escala comercial.
“No Brasil, as maiores amplitudes de marés se encontram na costa norte. Por exemplo, apenas no litoral do estado do Maranhão, estimou-se uma capacidade de geração de energia na ordem de 22.000 GWh ao ano. Incluído neste contexto, o estuário do Bacanga, em São Luís, representa um caso bastante particular para a exploração da energia maremotriz. Sabe-se, pelos achados arqueológicos do prédio onde funciona atualmente o Estaleiro Escola, que ainda no século XIX utilizava-se a força das mares para produzir energia motriz ”, ressaltou Francisco Soares.
Durante o workshop serão apresentadas técnicas de exploração das energias do mar, com foco no projeto da usina piloto do Bacanga e será apresentado um resumo das políticas governamentais de incentivo às energias do mar, legislação e mecanismos de financiamento.
Entre os pesquisadores presentes, Anselmo Ilkiu (ALSTOM – Brasil), Marcio Vaz dos Santos (LABOHIDRO – UFMA), Jorge Paglioli Jobim (Diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético – MME), Neil A. S. Barbosa (Coordenador - PROGEN Projetos e Engenharia Ltda.), Lucas Xavier Ribeiro– Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração da ANEEL),Geraldo Lúcio Tiago Filho (Professor Titular da Universidade federal de Itajubá), entre outros.
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