SÃO LUÍS - A presidente Dilma Rousseff se reuniu com prefeitos e governadores em Brasília para debater propostas que atendam as reivindicações populares realizadas nas últimas semanas em todo o país. A presidente começou agradecendo a presença de todos e o imediato atendimento ao convite, para debater o momento delicado em que vive o país. “Nós buscamos resposta republicana e participativa”, afirmou Dilma.
A presidente falou que nos últimos anos o Brasil tem passado por mudanças e talvez seja a maior da história. Segundo ela, o país tem a mais baixa taxa de desemprego e que deixou de ser governado para um terço da população e sim para todos, além de ter criado amplo mercado de consumo de massa.
Dilma falou dos protestos, defendendo que o povo está nas ruas pedindo que as mudanças continuem. “Eles querem cidadania plena, serviços públicos de qualidade e mecanismos eficientes de combate à corrupção. É bom que o povo fale isso em alto e bom som, cabe a nós cumprir essa vontade popular”, defendeu.
Ao defender a vontade do povo, Dilma admitiu que os políticos sabem onde estão os problemas e como resolvê-los, mas ressaltou que há muitos obstáculos a serem enfrentados, porém não há como o governo ficar inerte e por isso ele traz propostas completas, representadas em cinco pactos.
1º Pacto - Responsabilidade fiscal para garantir o controle da inflação.
2º Pacto - Construção da reforma política, que amplie a participação popular. Dilma disse que vai propor o debate para a convocação de um plebiscito popular para criar uma Constituinte exclusiva para fazer uma reforma política.
A presidente defendeu que é preciso priorizar o combate à corrupção, mas de forma mais contundente e, por isso, é “fundamental uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime hediondo, com penas severas", disse Dilma.
Outra medida é a Lei de acesso á informação, que segundo a presidente contribui para a cidadania.
3º Pacto – Melhorias na Saúde. Dilma defendeu que é preciso acelerar os investimentos nas Upas e em outros setores da saúde como a ida de médicos para cidades que mais precisam, e quando não houver médicos brasileiros, devem ser chamados profissionais do exterior.
“Vamos enfrentar um grande debate sobre trazer médicos de fora, mas queremos deixar claro que não se trata de menosprezar os médicos daqui, mas precisamos buscar uma solução rápida. A saúde do cidadão deve prevalecer sobre qualquer outra questão”, explicou a presidente.
Dilma garantiu que sempre as vagas serão oferecidas, primeiramente, para os médicos locais. A presidente admitiu, ainda, que só essas medidas não são suficientes para resolver os problemas de saúde no Brasil, por isso vai tomar uma série de medidas para resolver as outras questões. Dentre as medidas está a ampliação de vagas nos cursos de medicinas e formação de cursos de especialidades.
4º Pacto - Transporte Público. A presidente defendeu que é preciso fazer mais metrô, VLT e corredores de ônibus. Dilma disse que o governo federal está disposto a diminuir os impostos na área do transporte público. E que disponibilizar mais R$ 50 bilhões para investimentos em transporte público. A presidente defendeu, ainda, a grande participação da sociedade na discussão sobre transporte e tarifa de ônibus e que vai criar o Conselho Nacional de Transporte Público com participação popular.
5º Pacto - Educação Pública. Dilma disse que nenhuma nação se desenvolve sem educação na idade certa, educação em tempo integral, ensino técnico, universidade de qualidade com pesquisa e intenção, além de bons salários aos professores e isso exige recursos.
A presidente afirmou que o Brasil avançou para reverter o atraso de séculos, mas agora é preciso mais recurso, por isso que destinar 100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal para a educação.
E concluiu pedindo ajuda dos demais políticos para fazerem um grande esforço, em busca de melhoria significativa no país.
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